Como fazer o produto chegar ao cliente com o menor custo possível?
Entenda como uma boa estratégia de distribuição pode melhorar o lucro da sua empresa
Publicado em 13/08/2020 | Atualizado em 19/09/2022
A maneira como cada empresa faz seus produtos chegarem até os consumidores varia de acordo com a indústria, o modelo de negócio, e mesmo as metas financeiras almejadas pelo empreendedor. Para alguns, pode ser mais vantajoso vender diretamente ao consumidor final. Para outros, pode fazer mais sentido fazer seus produtos chegarem aos consumidores por meio de parceiros distribuidores. A elaboração de uma estratégia formal de distribuição permite que a empresa determine as melhores alternativas de atendimento às demandas do mercado consumidor, incluindo rotas que melhor atendam às suas necessidades, bem como os consumidores que devem ser atendidos e em que locais.
Criar uma estratégia de distribuição requer investimento de recursos e de tempo. No entanto, também traz benefícios que vão além da performance logística otimizada. Menores tempos de resposta geram índices maiores de satisfação de clientes, o que leva a novas compras e ao fortalecimento da marca. Além disso, a necessidade de otimização de distribuição força a empresa a avaliar quais as melhores maneiras de levar seus produtos aos consumidores, identificar as melhores praças e os consumidores ideais a serem trabalhados durante o processo de vendas.
Em meio às preocupações sobre como chegar ao mercado com os menores custos possíveis, as empresas devem considerar também questões relacionadas à logística reversa - ou alternativas disponíveis para acompanhar o produto após o uso pelos seus compradores, seja através de um descarte apropriado ou da reutilização de materiais de volta ao processo produtivo. Esta reutilização, por meio de reciclagens, processos de refurbishing (reforma) ou outros, também pode trazer grandes economias aos fabricantes e tornar-se mais um fator determinante na redução dos custos para atendimento das demandas dos clientes.
COMO REDUZIR OS LIMITES DE TEMPO DE RESPOSTA AO MERCADO?
Em uma empresa, a etapa de distribuição dos produtos é crítica e dela depende boa parte do índice de satisfação do consumidor. Sabendo-se que, nesta fase, o empreendedor depende de diversos outros parceiros, entre produtores e transportadores, e de outros fatores externos, como condições de rodovias, greves, mau tempo etc., é preciso mapear e otimizar a distribuição da empresa de modo a reduzir os limites de tempo de resposta (ou lead time) ao mercado.
Para fazer um planejamento assertivo e detalhista, o empreendedor deve verificar os pontos a seguir:
✅ Qual o tempo gasto hoje para adquirir todos os insumos de que necessita para sua operação? Devem ser incluídas matérias-primas, produtos e até mesmo artigos necessários para manutenção.
✅ Quantos dias são gastos desde o momento em que é solicitado o material até o seu recebimento?
✅ Dentro desse processo, qual o papel de cada colaborador da empresa? Há etapas a mais, que possam ser excluídas?
✅ Depois de receber os insumos, quanto tempo é necessário para produzir ou finalizar o produto?
✅ Novamente, qual o papel de cada funcionário no processo?
✅ Com o produto finalizado, quanto tempo ainda é necessário para fazê-lo chegar ao cliente?
✅ Qual a rotina atual de entregas da empresa (quais os destinos mais habituais, rotas, frequências de saída etc.)?
✅ Quais os possíveis gargalos existentes em cada uma das etapas acima? Quais as suas possíveis soluções?
Com base num diagnóstico sobre os processos atuais de produção e distribuição, seus pontos positivos e negativos, o empreendedor deve avaliar etapa por etapa, visando a reduzir complexidades dos processos e buscando alternativas que encurtem o tempo de resposta ao mercado.
O plano de ação resultante dessa análise servirá como um guia, que deve ser consultado e adaptado sempre que forem identificadas novas alternativas e possibilidades de melhoria.
A importância de criar uma estratégia de distribuição
Uma estratégia de distribuição é parte imprescindível de um plano de gestão de cadeia de suprimentos. Ela permite ao empreendedor saber o que é necessário para se ter menores tempos de entrega, reduzir possibilidades de deterioração de produtos e aperfeiçoar os serviços prestados ao cliente.
No que se refere à gestão da distribuição, entregas não realizadas costumam ser chamadas de ocorrências. Muitos conhecem as ocorrências como tudo aquilo que pode interferir nas entregas.
Ao acompanhar, mensurar e gerir essas ocorrências, o empreendedor tem a capacidade de corrigir atrasos, paradas inesperadas, acidentes, perdas ou danos de carga, entre outros eventos relevantes.
Indo além da necessidade de resolução de incidentes pontuais, a gestão de ocorrências deve também identificar padrões e tomar decisões que tornem os processos mais inteligentes e mensuráveis.
As buscas por redução de custos nunca foram tão intensas quanto hoje. Entendendo os riscos de perdas significativas aos empresários decorrentes de entregas não realizadas, as ocorrências precisam ser identificadas conforme seus responsáveis (seja o embarcador, o transportador, o destinatário ou outros atores) e corrigidas de acordo.
Embora não existam soluções mágicas, a tecnologia hoje é de grande auxílio dos empreendedores quando se trata de gerir ocorrências.
Com plataformas digitais já é possível, por exemplo, verificar rotas, calcular percursos, acompanhar tratativas referentes a avarias e devoluções e evitar desvios ou fraudes na entrega.
Ou seja, o gerenciamento pode ser orientado por dados, enquanto motoristas e gestores permanecem em constante interação, acompanhando o andamento das entregas e possíveis imprevistos no trajeto, resultando num incremento de produtividade e em maior lucratividade.
COMO TORNAR A EXPEDIÇÃO DA MINHA EMPRESA MAIS ÁGIL E EFICIENTE?
Para avaliar o processo de expedição de uma empresa é fundamental observar como anda a produtividade do seu setor de armazenamento. Muitas vezes, uma simples mudança em procedimentos operacionais resulta em grandes melhorias com poucos gastos extras.
Observe a seguir algumas dicas para manter uma operação de expedição mais ágil e eficiente:
➡️ Mapeie as entregas
Mapear as entregas a serem realizadas no período é um passo para aperfeiçoar os processos de distribuição. Incluindo neste mapeamento informações importantes como prazos estipulados e distâncias a serem percorridas, é possível pensar em rotas mais otimizadas e até mesmo considerar a possibilidade de adoção de outro meio de transporte.
➡️ Tenha indicadores de desempenho
Se você não sabe o que medir, como vai acompanhar o desenvolvimento das suas otimizações? É muito importante que você estabeleça quais os indicadores de desempenho a serem observados para identificar acertos e corrigir erros. Compartilhe com toda a equipe os indicadores e esteja certo de que todos saberão onde devem direcionar seus esforços.
➡️ Preveja demandas
A previsão de demandas pode ser feita com base no histórico dos pedidos anteriores e pelas estimativas geradas pelo comercial. Com uma previsão adequada consegue-se mensurar volumes de modo a evitar sobrecarga na operação ou mesmo níveis altos de ociosidade.
➡️ Reconsidere sua infraestrutura
Consulte um especialista, se necessário, mas avalie frequentemente o sistema de estocagem da sua empresa e se ele é o mais apropriado para os itens movimentados. Buscar opções em verticalização ou novas arrumações pode resolver problemas de operação que você já vinha percebendo.
➡️ Recompense funcionários mais eficientes
Treine sempre seus funcionários e ofereça premiações quando eles se mostrarem mais ágeis e eficientes na operação. Procure saber junto à equipe qual seria a melhor forma de premiá-los (não se prenda a recompensas financeiras) e cumpra o prometido.
➡️ Tenha bons fornecedores
Garantir produtos de qualidade, sem atrasos e com as melhores condições só é possível quando você tem bons fornecedores. Valorizar-os e estreitar laços, com os bons fornecedores, é imprescindíveil para a manutenção de uma entrega ágil e eficiente.
QUAL A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE FROTAS E POR QUE DEVO FAZER?
O controle da frota de veículos em uma empresa é essencial para reduzir custos, desperdícios, aumentar lucros e ter dados precisos para a análise da operação das frotas.
Para que este acompanhamento seja realizado, vários aspectos precisam ser analisados, como por exemplo o dimensionamento correto da frota utilizada.
Ter poucos veículos na frota pode causar sobrecarga, causando um aumento de manutenções e elevando o volume de sinistros. Por outro lado, um número alto de veículos, superior ao necessário para as atividades da empresa, pode trazer custos desnecessários.
A análise do combustível utilizado pode dar pistas relevantes sobre o uso inadequado dos veículos. Já a gestão dos condutores também é de grande importância quando se avalia uma frota, pois deles pode vir grande parte das decisões equivocadas - como numa mudança da rota estabelecida devido a uma rodovia bloqueada, por exemplo.
Para isso, todos os condutores devem ser treinados rotineiramente para que a empresa minimize incidentes e alcance uma padronização do uso da frota.
O controle das frotas conta, hoje, com o auxílio de ferramentas avançadas de navegação. Estas ferramentas são capazes de fazer com que o gestor evite rotas longas ou que consumam mais combustível, representando uma economia significativa.
Além disso, ter o acompanhamento por GPS ou câmeras traz mais segurança a todos os envolvidos, pois facilita o conhecimento quanto à localização dos veículos e as condições das cargas transportadas.
No entanto, nem todas as empresas têm o conhecimento necessário, o capital humano ou a disponibilidade financeira para fazer investimentos necessários para realizar o controle de sua frota de forma apropriada. Nestes casos, vale a pena contratar uma a frota terceirizada por uma empresa especializada, eliminando deste modo toda a necessidade de especialização e treinamento constante da equipe para a realização deste controle.
COMO REDUZIR O ÍNDICE DE TROCAS DE PRODUTOS?
Ter um alto índice de trocas de produtos significa que algo está errado na operação do negócio. Seja na gestão da expectativa do cliente em relação à qualidade ou especificações da mercadoria adquirida, seja pela quebra de algum dos pontos do contrato de compra ou por inúmeras outras possibilidades, o essencial é que o gestor seja capaz de identificar o quanto antes as principais causas dessas devoluções para que se possa fazer os ajustes necessários na gestão do empreendimento.
Os temas abaixo devem ter atenção especial pois tendem a influenciar na otimização da logística e na redução de gastos desnecessários no que se refere a devoluções de produtos:
Expectativa versus realidade
? Se o cliente avalia diferentes ofertas e opta por adquirir uma mercadoria em determinada empresa, antes de questões como preço e prazo de entrega, considera-se que o produto tenha em si um nível adequado de qualidade.
? Independentemente de quais sejam as especificações do produto, elas devem estar claras para o cliente no momento da compra - e isso vai da qualidade e proveniência das matérias-primas, passando pelas condições de acondicionamento ou quaisquer outras características técnicas.
? A conformidade entre a expectativa do cliente e a realidade do produto é um dos principais fatores críticos quando se analisam casos de devoluções de produtos.
Conformidade da expedição
? Antes da expedição, é de suma importância a confirmação de que a frota está carregada com a quantidade correta de produtos solicitados - e que se tratam dos artigos pedidos. Mantenha organizados e à mão os pedidos e notas fiscais para tornar esta etapa mais ágil e segura.
Assertividade na entrega
? A equipe de entrega deve saber exatamente onde deve entregar as mercadorias. Esta lista de entregas e os endereços detalhados de cada cliente devem estar disponíveis com o motorista. Lembre-se que atrasos na entrega podem acarretar grandes prejuízos, como a não realização de vendas ou a perda de produtos perecíveis.
? Todo e qualquer atraso deve ser comunicado pela frota ao responsável da empresa, para que o cliente possa também ser comunicado e informado sobre os motivos do atraso. Esta comunicação gera maior sensação de confiança e evita que o cliente se sinta enganado ou preterido, e pode, portanto, minimizar os riscos de uma devolução.
Monitoramento das devoluções
? Saber de uma devolução no momento em que ela acontece é muito importante para que o gestor possa tentar revertê-la em tempo hábil. Para tanto, os motoristas devem ser instruídos a comunicar a empresa imediatamente a cada ocorrência, seja através do software de controle de frota utilizado ou mesmo por um telefonema.
Relacionamento com o cliente
? Se, por exemplo, alguns produtos de uma carga chegarem danificados e o cliente solicitar a devolução, caso o gestor seja informado de imediato pode negociar com o cliente para minimizar as perdas. Por exemplo, o cliente pode aceitar os produtos que estão em perfeito estado e receber um desconto referente à próxima carga com a quantidade desejada.
É importante compreender a expectativa do cliente, o que foi acordado entre ambas as partes e agir de imediato para sanar quaisquer problemas e garantir a satisfação do comprador.
O sucesso de uma empresa também está relacionado ao processo de gestão da sua logística, que pode se tornar uma vantagem competitiva frente aos seus concorrentes. A gestão da cadeia de suprimentos permite ao empreendedor a otimização dos seus processos internos de produção e melhoria no gerenciamento do negócio.
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