Capital empreendedor e as oportunidades para a minha Startup

Afinal, o que é o capital empreendedor?

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Publicado em 24/01/2022 | Atualizado em 28/01/2022

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Capital Empreendedor

Sem qualquer sombra de dúvidas, uma das maiores dificuldades dos empreendedores, especialmente no Brasil, é o de conseguir o capital social para iniciar a realização da atividade de suas empresas.

 

Tirar um projeto do papel, na maioria das vezes, exige este primeiro investimento. Para microempresas ou MEIs e até para projetos maiores, é necessário existir esse capital inicial para que se consiga começar as atividades.

 

Em virtude de sua relevância, que vai desde a elaboração do projeto até que a empresa esteja consolidada, o capital inicial precisa receber uma atenção especial, desde o seu cálculo até seu plano de aplicação.

O que é o Capital Inicial?

O capital inicial é a soma dos valores investidos na empresa pelos seus sócios para a abertura da empresa. Ele se destina a iniciar e a sustentar as atividades da empresa até que ela consiga se manter sozinha e gerar seus próprios lucros.

 

Quanto de capital inicial minha empresa precisará?

 

Esta é uma dúvida bastante comum e recorrente entre empresários iniciantes. Suas respostas também são bastante diversas, pois dependem de alguns fatores distintos.

 

É necessário que se tente fazer previsões sobre o tempo necessário até que a empresa se consolide e se torne autossustentável, ou seja, chegue naquele momento em que começa, por meio de seus lucros, a subsidiar suas operações.

 

Assim é importante, calcular os custos fixos, observar dados de negócios semelhantes e que já obtiveram sucesso, antecipar possíveis dívidas geradas ao longo da atividade, calcular também os custos variáveis etc.

 

Com isso, é de suma importância que se faça um bom projeto de negócios, visando o máximo de planejamento possível.

 

Se você é ou pretende ser um empreendedor, é natural que esteja se perguntando se há formas de conseguir esse capital inicial, caso você mesmo não o tenha para iniciar sua empresa.  A resposta é sim!

O que é o Capital Empreendedor?

O capital empreendedor é um tipo de investimento feito para que projetos de startups possam sair do papel. Em outras palavras, é o capital inicial destinado a uma startup ou a um projeto, por meio de mecanismos de investimentos.

 

Existem diversas formas de se conseguir o capital empreendedor, mas antes de adentrar neste tópico precisamos entender melhor o modelo de negócios ao qual ele se destina, as startups.

As Startups

No Brasil, o termo startup vem sendo utilizado para designar de forma genérica a diversos tipos de projetos e empreendimentos, porém cabe observarmos que nem todo negócio se encaixa sob a tutela deste termo. Isso é fundamental para entendermos a dinâmica do capital empreendedor, uma vez que ele é direcionado a este tipo de negócio.

 

Então, o que é uma startup?

 

A palavra startup começou a ser empregada para designar empresas de tecnologia voltadas a inovação. Isso teve início no Vale do Silício nos Estados Unidos da América, local de grande concentração desse tipo de negócios.

 

Na década de 1990, o termo desembarcou em nosso país e no início dos anos 2000 vimos uma ampliação considerável de novas empresas que investiam em modelos inovadores de negócios.

 

Essa explosão de novidades se deveu a alguns fatores como o salto das tecnologias de comunicação, principalmente pela popularização da internet, e também pela crise econômica que acabou por incentivar a busca por inovações e levou muitas pessoas a se arriscarem em novos empreendimentos.

 

Como falamos, o termo, a princípio era utilizado de forma genérica para designar qualquer projeto em fase inicial de andamento e execução.

 

Ainda, outro conceito de startup é direcionado a empresas que apresentam um baixo custo de suas operações e com alto potencial de lucratividade.

 

Mesmo com esses diversos empregos para o termo, existe um mais específico e que é atualmente aceito de forma mais ampla e especializada sobre o significado de startup. Ele foi cunhado pelo célebre empreendedor Eric Ries, que atuou, por muitos anos no Vale do Silício. O termo e o conceito se tornaram populares através da publicação de seus livros, principalmente o The Lean Startup, traduzindo, A startup enxuta.

 

O conceito trazido nesse livro é o de que o termo startup designa um empreendimento, que trabalhando sob incertezas, visa entregar serviços ou produtos inovadores, escalonáveis, com grande potencial de lucros.

 

O ponto mais alto deste conceito é o fato dele trazer à tona e de forma clara as condições de incerteza das startups.

 

As startups dependem da inovação para o seu funcionamento e é justamente esta característica que as coloca em ambientes de futuro imprevisível. Em muitos casos as startups são as primeiras da história a oferecer certo produto ou serviço. A situação ainda se complica mais quando elas são as primeiras a conceberem e implementarem um novo modelo de negócio.

 

Isso gera um cenário no qual é quase impossível prever ou antecipar a reação do mercado, do público e muitas vezes até de outras empresas e trabalhadores envolvidos no processo. Além disso, em termos de dados para o desenvolvimento de um plano de negócios é comum que não se encontre referencial anterior, uma vez que a startup adentra um terreno nunca explorado.

 

Então, consegue entender agora se seu projeto é de uma startup? Sigamos em frente e vejamos mais detalhes sobre o capital empreendedor e as oportunidades para a minha startup.

Vale a pena investir em Startups?

Sem qualquer sombra de dúvidas, as startups estão entre os modelos de negócios preferidos da atualidade. Isso, em parte se deve a um caráter essencialmente sedutor da inovação e do risco, que levam muitas pessoas a querer embarca na aventura que uma empresa assim representa.

 

Porém, o ponto mais relevante para essa tamanha adesão às startups é o sucesso que muitas empresas tiveram nos últimos anos e que, em alguns casos, revolucionou o mercado chegando até mesmo a impactar em legislações de diversos países do mundo, além de alcançarem lucros escaláveis.

 

Os streams de áudio e audiovisual estão entre alguns dos serviços oferecidos por startups que abalaram o mundo nos últimos anos. O sucesso desses modelos chegou ao ponto de os tornarem substitutos das rádios e TVs abertas e a cabo.

 

Outro tipo de startup que impactou o mundo dos negócios trata-se dos aplicativos que conectam motoristas particulares a passageiros. Este tipo de serviço tornou-se muito popular na última década e obrigou alguns governos a mudarem a legislação de países e cidades.

 

Além desses, ainda existem exemplos bem-sucedidos de redes sociais, plataformas de trabalho e emprego e ainda de investimentos no mercado financeiro.

 

Diferentes startups

Para ir em busca do capital empreendedor e as oportunidades para a minha startup, não basta saber se seu negócio é escalável e inovador. Hoje, já existem alguns modelos diferentes de startups que funcionam de diversas formas e atendem melhor a determinados fins.

 

Os modelos de negócios são definidos como a maneira pela qual a empresa entrega seu valor. Nessa definição encontramos três tipos básicos de negócios que podem ser direcionados a startups e determinados conforme o tipo de cliente a quem os produtos ou serviços se destinam:

 

☑️ B2B

Quando a empresa que entrega produtos e/ou serviços a outras empresas. Nesse modelo as características mais marcantes são a oferta de grande valor agregado ao produto e um forte relacionamento com os clientes.

 

☑️ B2C

Quando o cliente da empresa é o consumidor final. As startups neste modelo apresentam uma forte preocupação com a experiência e os feedbacks dos clientes, pois deles dependem uma boa prospecção e as recomendações feitas por eles.

 

☑️ B2G

Neste caso a startup lida diretamente com o governo, empresas públicas ou autarquias. Alguns exemplos deste modelo são as empresas de construção que atuam em obras públicas, ou ainda as Organizações Sociais que administram serviços oferecidos pelos governos.

Capital Empreendedor e as oportunidades para a minha Startup

Como dissemos anteriormente, o capital empreendedor pode ser uma oportunidade para tirar sua empresa do papel e fazer valer o sentido do termo startup. No Brasil, existem atualmente muitas iniciativas que visam conectar investidores a empreendedores para que projetos assim possam ser viabilizadas. Antes de reconhecer as oportunidades para as startups, vamos entender um pouco melhor o que é o capital empreendedor.

O capital empreendedor

Embora possa não parecer, o cenário atual brasileiro é bastante favorável aos investimentos. A ampliação e popularização do mercado financeiro vêm tornando essa realidade cada vez mais acessível e atraindo um número cada vez maior de pessoas em busca de oportunidades para aumentar seus rendimentos financeiros através de aplicações.

 

Com isso, o capital empreendedor vem se destacando como uma forma de investimento rentável, apesar dos riscos.

 

O capital empreendedor, também conhecido como investimento de risco, pode ser definido como uma das maneiras através das quais o empreendedor pode conseguir o financiamento suficiente para iniciar as atividades de seu projeto, ou seja, seu capital inicial.

 

Embora esse tipo de investimento não seja exclusivo para startups, podendo ser encontrado também em empresas grandes e já consolidadas, é nesse modelo de negócio que ele traz maior impacto, uma vez que são raras as situações em que os empreendedores já possuem as verbas necessárias para iniciar as operações.

 

Nesse modelo de financiamento, o aporte é aplicado por um investidor, comumente chamado investidor de risco. Esse investidor, em troca de potenciais lucros futuros, assume juntamente com os empreendedores os riscos de iniciar o negócio.

 

O capital empreendedor também prevê que enquanto o capital inicial não for devolvido ao investidor, ele mantém a participação societária no negócio, muitas vezes, inclusive fazendo parte da administração, seja atuando diretamente ou como conselheiro do negócio.

 

Além disso, os contratos costumam trazer a possibilidade de, em determinado momento, os empreendedores devolverem o valor do capital empreendedor acrescidos de porcentagens, previamente combinadas, retomando assim a participação societária e liberando o capital que, em geral, será investido em outra startup.

Por que não empréstimos?

Alguns empreendedores devem estar se perguntando: se o dinheiro é devolvido aos investidores com acréscimos, por que não optar por empréstimos bancários?

 

A resposta é relativamente simples. Um empréstimo feito em um banco tradicional pode ser inviável para o empreendedor devido ao juros e outros processos necessários para acessar o valor necessário.

 

Ainda há questões como análise de crédito e garantias como carro ou casa que muitas vezes também não estão ao alcance dos empreendedores.

 

Isso configura uma situação na qual, além de não serem totalmente garantidos, os empréstimos bancários ainda contam com parcelas altas e que perduram por muito tempo até serem quitadas. Esse cenário, em vez de auxiliar na consolidação da empresa, muitas vezes, torna-se um grande empecilho para seu desenvolvimento.

 

Além destes pontos, os empréstimos tradicionais precisarão ser pagos em determinado momento, independentemente, de a empresa ter se tornado ou não autossustentável.

 

Digamos que uma startup leve um ano para se tornar autossustentável e mais dois anos para conseguir gerar lucros. Agora imagine que esta mesma empresa tenha pego um empréstimo bancário para iniciar suas operações, se esse empréstimo tiver uma carência de 3 meses, que é o prazo padrão, a empresa já não será mais autossustentável dentro do seu primeiro ano. Inclusive, os valores destinados ao pagamento dos empréstimos podem comprometer o capital de giro e a continuação das atividades.

 

Já no capital empreendedor, os prazos de devolução são previamente combinados e ancorados à perspectiva de avanço e desenvolvimento da lucratividade da empresa. Isso acontece, pois o investidor assumi os riscos financeiros em troca da lucratividade da distribuição dos lucros ou mesmo da futura venda da startup.

Quais são as oportunidades para a minha Startup?

Normalmente, ao chegar a este ponto da leitura, muitos empreendedores já estão ansiosos para correrem atrás do capital empreendedor que permitirá a abertura da sua empresa.

 

Se você também está pensando nisso, saiba que existem programas voltados a promover as interações necessárias entre investidores e empreendedores. Mas antes vamos falar um pouco mais sobre as Startup no Brasil.

 

As startups no Brasil

 

A primeira coisa antes de sair correndo em busca dos programas de capital empreendedor é compreender que muitas dessas iniciativas possuem uma visão ampla do ecossistema de startups e pretendem transformar um pouco algumas características negativas que se colocam na atualidade.

 

Entre essas características que precisam de uma nova orientação está justamente a dificuldade que a maioria das empresas desse modelo encontram para conseguir financiamentos adequados. Como sabemos, sem esses financiamentos a saúde das startups pode ser comprometida ou simplesmente talvez elas sequer saiam do papel.

 

Outro ponto problemático sobre isso é a discrepância dos financiamentos recebidos entre as startups. Algumas poucas acabam retendo a quase totalidade dos investimentos enquanto a maioria não recebe nenhuma verba para iniciar suas operações.

 

A LAVCA, Associação de Investimentos de Capital Privado na América Latina, constatou que os investimentos financeiros nas startups da América Latina chegaram a um total de 2 bilhões de dólares em 2018 e 2,6 bilhões no ano seguinte. 90% desse valor estavam concentrados em 3 países, entre eles o Brasil.

 

No entanto, em nosso país, a maior parte destas verbas foram destinadas a pouquíssimas startups, criando um cenário no qual cerca de 80% das empresas desse modelo não receberam nenhum recurso para iniciar suas atividades. Esses dados são da Associação Brasileira de Startups, se referem ao ano de 2020, e ainda trazem a informação de que somente 1% das startups brasileiras declararam ter recebido investimentos série A.

 

Além das dificuldades de investimentos, uma grande parte das startups também possuem dificuldades em se consolidar no mercado. Segundo estatísticas da mesma instituição supracitada, 50% das empresas não obtêm lucros, ou seja, sobrevivem em atividade, porém sem faturamento.

 

Nesse contexto, apenas 3,4% do total de startups alcança faturamentos acima de 500 mil reais anuais. Além disso, somente 11 startups brasileiras se tornaram as chamadas unicórnios. Essas são aquelas empresas que, após se abrirem para o mercado, seus índices de Valuation alcançam 1 milhão de dólares.

O cenário está mudando

Como dissemos, apesar desses números serem um pouco desestimulantes, existem iniciativas que visam melhorar a saúde do ecossistema de startups.

 

Entre essas iniciativas estão os parques industriais que abrem suas portas para empreendedores poderem ter contato com o mundo dos negócios, além de oferecerem estrutura suficiente para iniciar as operações como por exemplo salas, computadores e internet, além de possibilitarem a troca de experiências entre os empreendedores.

 

Existem também iniciativas que visam descentralizar a concentração de startups nos estados. Hoje a maioria delas se encontra em São Paulo, principalmente na capital. No entanto essa realidade já vem mudando progressivamente e muitas empresas estão sendo abertas fora desse eixo, dando espaço para novas possibilidades e um número mais variado de atributos dos empreendedores nesse ecossistema.

 

Algumas sim, outras não

 

Se você está se perguntando se é capaz de conseguir capital empreendedor para a sua startup, a resposta é sim. É possível conseguir o capital e colocar o seu projeto em funcionamento. Mas, para isso, é preciso entender um pouco melhor o que é o capital empreendedor e as possibilidades que ele pode te dar.

O investidor

Entender a dinâmica financeira por trás do capital empreendedor é um dos pontos relevantes que podem te ajudar a transformar esse tipo de investimento em uma oportunidade para a sua startup.

 

Uma das figuras mais importantes dessa dinâmica é o investidor. É ele quem escolhe e disponibiliza a verba para empresa. Então, vamos entendê-lo um pouco melhor.

 

Ao contrário do que o nome possa parecer, os investidores de risco na verdade são muito conservadores e buscam investimentos que apresentam as melhores chances possíveis de retorno financeiro. Eles jamais irão investir em projetos vagos ou que não consigam cumprir as etapas necessárias de um plano de negócios para startups.

 

Embora o ambiente de incertezas seja uma das características, há também a necessidade de oferecer produtos e serviços que sejam viáveis e para os quais existam demandas reais do mercado. Pois, sem isso, uma startup dificilmente irá conseguir convencer os investidores de seus potenciais e futuros lucros. Lembre-se o investidor não está fazendo um favor, ele busca projetos rentáveis pelos quais aceita assumir um certo grau de riscos.

 

O investidor, normalmente é representado por um gestor de fundos que junto a sua equipe seleciona as startups nas quais pretendem investir. Esse gestor é uma figura profissional e precisa prestar contas ao fundo, entregando um bom trabalho de gestão tanto ao garantir o sucesso da startup, quanto ao retornar os lucros para os fundos de investimento.

 

Isso significa dizer que o investidor de risco, geralmente, não é quem decide em qual empresa irá aplicar os recursos. Para isso, há o gestor. O profissionalismo desse, também impedirá a anuência a projetos que apresentem graus de risco além do aceitável, que demonstrem inabilidade administrativa ou técnica dos empreendedores ou pior ainda que não tenham uma dimensão minimamente previsível e realista dos lucros que poderão ser obtidos.

 

Com isso, antes de ir atrás do capital empreendedor para a sua empresa, é importante considerar o seguinte:

 

?? Formação e experiência na área do empreendimento

?? Habilidades técnicas da equipe

?? Potencial escalada do produto ou serviço

?? Potencial de lucratividade e retorno

 

Um projeto que tenha esses tópicos definidos será muito mais atraente para os investidores de risco, ou melhor, dizendo, para os gestores que representam esses investidores.

 

Outro ponto ainda relevante sobre os investidores é a capacidade de antecipar para qual lado do mercado eles estão mirando. Isso significa que é importante alinhar o projeto às expectativas do investidor. Essas expectativas tanto podem estar atreladas ao impacto social do serviço ou produto que será ofertado, quanto à área do mercado na qual o investidor procura investir.

 

No primeiro caso, é importante considerar que projetos que agridam as pautas sociais já estabilizadas e de relevância para o mundo, dificilmente encontraram investimentos, uma vez que os gestores e investidores não pretendem vincular suas imagens a projetos que estão na contramão das reivindicações em foco na sociedade.

 

O segundo caso, se refere mais ao mercado. Dificilmente os investidores irão aplicar seu dinheiro em parcelas do mercado que não tenham uma perspectiva de crescimento, uma vez que podem aplicar naquelas com mais potenciais de lucros. Isso significa que se um ramo do mercado, apresenta um declino geral, é preferível investir em outros setores.

Um projeto atraente

Além dos tópicos mencionados, para ter uma boa chance de transformar o capital inicial em uma oportunidade para a sua startup é importante ter um bom plano de negócios desenvolvido e um picth que o explique de maneira clara e adequada.

 

Plano de negócios

 

Mesmo com o caráter inovador das startups, um plano de negócios precisa ser desenvolvido para que o projeto possa mostrar ao investidor o máximo de detalhamentos possível.

 

Quanto mais dados e direcionamento o plano de negócios tiver, maior são suas chances de ser escolhido pelos investidores, uma vez que eles terão uma visão melhor sobre o produto ou serviço que será disponibilizado, sobre a mão de obra e infraestrutura necessária, sobre as demandas de mercado existentes e também outros fatores que interferem na decisão.

 

O plano de negócio também é uma excelente oportunidade para que os investidores tenham a dimensão do conhecimento de mercado e técnico da equipe e do empreendedor. Um plano bem elaborado e que represente esse grau de conhecimento de forma honesta, também dará ao investidor a dimensão do capital humano já envolvido no projeto e como ele poderá ser utilizado e adequado da melhor forma possível.

 

As atividades essenciais também precisam constar no projeto. Em qual fase de desenvolvimento o produto ou serviço se encontra, como ele será distribuído, quais são seus valores agregados, público-alvo, persona, tamanho do mercado. Além disso, também deve contar com previsão de custos, seja para a produção, para a divulgação e para a distribuição.

 

Um diferencial ainda pode ser a elaboração de um projeto de gerenciamento de riscos que preveja quais os riscos que estão envolvidos no projeto e como lidar com eles caso ocorram. Isso para as startups é de essencial importância, pois, uma vez que estão sob a incerteza, quanto mais se puder prever as dificuldades do caminho, mais os investidores se sentirão seguros quanto ao empreendedor e ao empreendimento.

Pitch

Para quem não sabe, o picht é um resumo do plano de negócio. Ele apresenta as informações mais relevantes, de forma objetiva e sucinta.

 

Embora pareça simples, é importante lembrar que o pitch é o primeiro contato entre o investidor e o projeto, assim não deve ser relegado a segundo plano, uma vez que talvez seja a única chance de despertar o interesse do investidor para que ele queira conhecer um pouco mais sobre a proposta da startup.

 

Qual o processo para uma startup receber o capital empreendedor?

 

O processo de seleção e investimento em uma startup possui algumas etapas. Elas podem variar de caso para caso, porém em geral ficam próximas do padrão que iremos apresentar aqui.

 

A primeira etapa é a seleção. Nesta fase os investidores são contatados, recebem e escolhem os projetos que podem vir a ser contemplados com investimentos. Para contatar os investidores é preciso formar uma boa rede de contatos para saber aqueles que estão interessados. Mas também é possível encontrar editais em chamadas públicas.

 

Com os planos selecionados os investidores passam para a próxima fase, a avaliação. Nela, eles fazem levantamentos sobre o potencial dos projetos, analisam mais profundamente o plano de negócios. Consideram as potencialidades e possíveis dificuldades para a sua implementação.

 

Ainda na avaliação, tendem a utilizar a due diligence. Trata-se de uma estratégia para considerar e pesar as especificidades de cada um dos projetos apresentados.

 

Posteriormente temos a terceira fase, que é a decisão. Os projetos e resultados dos processos de avaliação são comparados e reconsiderados. Aqueles com maior potencial de sucesso e que preveem maior lucratividade são escolhidos para receber o aporte necessário.

 

Há ainda uma quarta etapa no processo de capital empreendedor. Porém essa fase só ocorre quando a startup já está consolidada e apresenta faturamento. Trata-se da saída. É o momento no qual o investidor de risco retira seu financiamento com os lucros e dividendos adequadamente pagos. Normalmente, após a saída o investimento será direcionado para outra startup, reiniciando o ciclo com o dinheiro.

Apesar dos pontos que abordamos e do volume de informações presentes neste e-book, o assunto ainda é mais extenso. Existe muito material sobre o tema que pode servir para aprofundar o conhecimento ou mesmo para pesquisar por informações específicas.

 

Lembre-se que o capital empreendedor pode sim ser uma boa oportunidade para você, mas que também é preciso um projeto bem desenvolvido.

Esperamos que este conteúdo tenha ajudado a entender sobre o que é o Capital Empreendedor e como ele pode ajudar a sua Startup.

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#sebraetalks - https://youtu.be/36l1jw3GfRE

 

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