Principais tendências de sustentabilidade

Conheça as principais tendências de modo a gerar competitividade e ganhos econômicos para o seu negócio

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Publicado em 03/05/2024 | Atualizado em 03/05/2024

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Indivíduos elevando conjuntamente o planeta Terra com as suas mãos

A pauta do desenvolvimento sustentável e a sua importância econômica

Com o avanço da pandemia do coronavírus, empresas, indivíduos e toda a sociedade civil passaram a repensar suas práticas. O desenvolvimento sustentável é um assunto que já está em pauta há anos, porém, em 2021, com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, na sua 26ª edição, buscou-se compreender os avanços das nações no tema.

A discussão não é definitiva, uma vez que as metas devem ser mais ambiciosas com o passar do tempo. No passado, sustentabilidade era pauta ambiental, mas o mercado passou a perceber a relevância econômica do tema, até mesmo o seu impacto no agronegócio, que parece ser oposto, mas caminha lado a lado com a preservação dos biomas.

Os consumidores já estão cobrando um posicionamento das empresas, e esse movimento continuará crescendo. Dessa maneira, listamos as principais tendências de sustentabilidade para pequenas e médias empresas se inspirarem. Confira!

Por que se preocupar com tendências

A diferença entre tendência e moda é muito tênue. Modismo é temporário, tendência é uma visão permanente de futuro. Tendências são como “modas” capazes de modificar o comportamento da sociedade em relação ao consumo, ou até mesmo a hábitos e costumes.

A sustentabilidade se apresenta como um pilar fundamental para as empresas que seguem os princípios ESG, abarcando preocupações ambientais, sociais e de governança, e tornando-se um ponto de interesse primordial para investidores globalmente. Conforme revelado pela 21ª edição do Edelman Trust Barometer, uma pesquisa sobre tendências de mercado, 57% dos brasileiros percebem a sustentabilidade como uma estratégia de marketing, e não como um compromisso genuíno.

Preocupação com o futuro do planeta e ações concretas não servem apenas para construir uma imagem diante do consumidor, mas também de gerar valor para a própria empresa. Conheça aqui algumas tendências.

Mercado de carbono forte

Esse é um dos principais temas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a regulamentação do mercado de carbono.

É fato que o gás carbônico é o principal motor do efeito estufa, porém não é o único. Com a queima de combustíveis fósseis, o montante jogado na atmosfera cresceu consistentemente desde a Revolução Industrial, mas agora, a tecnologia permite reduzir. O mercado de carbono funciona como uma maneira de quantificar de forma monetária o impacto ambiental de um negócio.

Dessa maneira os governos emitem autorizações de emissão de carbono para cada setor da indústria. As mais avançadas no desenvolvimento sustentável não precisam de todo o crédito, então, vendem suas autorizações para as mais poluentes. Dessa maneira, as que economizam conseguem investir esse lucro extra em mais inovação sustentável, de modo que no futuro, com as autorizações cada vez mais caras, ganharemos um forte diferencial competitivo.

Por outro lado, o crescimento dos custos para as mais poluentes, as obriga a investir em redução, ou correm o risco de desaparecerem.

Alimentação sustentável

A pandemia do coronavírus desencadeou uma série de mudanças significativas nos hábitos alimentares e nas preferências dos consumidores, acelerando tendências de sustentabilidade que já vinham se formando e introduzindo novos comportamentos no cenário global de alimentação. Uma das transformações mais marcantes é o aumento da consciência ambiental e da preocupação com a saúde. Os consumidores estão mais atentos aos benefícios dos alimentos para a saúde e ao seu impacto no meio ambiente, procurando opções que sejam seguras, nutritivas e sustentáveis. Essa mudança reflete uma compreensão mais profunda da conexão entre a saúde humana, os sistemas alimentares e a sustentabilidade ambiental.

Outro aspecto relevante é a crescente preferência por produtos locais e orgânicos. A crise sanitária destacou a importância de apoiar as economias locais e evidenciou os benefícios dos alimentos produzidos localmente, tanto em termos de frescor e qualidade quanto pela redução da pegada de carbono associada ao transporte. Paralelamente, a demanda por alimentos à base de plantas viu um crescimento exponencial, impulsionada não só pela busca por alternativas saudáveis, mas também pela preocupação com as questões éticas e ambientais relacionadas à produção animal. Esse movimento rumo a dietas vegetarianas ou veganas evidencia uma mudança significativa nas preferências alimentares.

Além disso, a pandemia expôs as fragilidades das cadeias de suprimentos globais, levando a um questionamento mais profundo sobre a sustentabilidade e a ética na produção de alimentos. Os consumidores estão demandando maior transparência, rastreabilidade e responsabilidade das empresas, colocando uma pressão crescente por práticas mais sustentáveis. Essa tendência é complementada por um aumento no consumo consciente, onde há uma busca por informações sobre a origem dos alimentos, bem-estar animal e práticas laborais. Juntas, essas mudanças apontam para um futuro em que a inovação, a tecnologia e a sustentabilidade caminham lado a lado, remodelando o sistema alimentar global em direção a práticas mais conscientes e ambientalmente responsáveis.

Alimentos à base de plantas

No passado a redução do consumo de carne era um mero devaneio, mas hoje em dia, é uma pauta séria.

Seja por questões éticas, econômicas ou ambientais, o fato é que o mundo está reduzindo o consumo de carne. Dessa maneira, o cliente está procurando alternativas, mesmo que seja apenas para alguns dias específicos da semana, como a segunda sem carne, no estado de São Paulo.

No Brasil já se multiplicam empresas especializadas no setor com uma ampla gama de produtos no mercado. Até mesmo as grandes redes de fast food estão entrando nesse mercado promissor. Esse movimento dialoga diretamente com o tópico anterior.

A busca por alternativas vem de um pensamento questionador quanto às nossas escolhas. As pessoas estão buscando autonomia e liberdade. A alimentação pode parecer que não, mas é a maior expressão de uma cultura. Um povo se alimenta de determinada maneira porque aprendeu assim ao longo do tempo.

As novas gerações questionam os processos e buscam montar um prato que esteja alinhado aos seus valores, crenças e realidades.

 

Crescimento com propósito

O conceito de "propósito" se estabeleceu como um elemento essencial nas discussões sobre empreendedorismo, sublinhando que o desenvolvimento de um negócio requer uma perspectiva de longo prazo, alimentada por um compromisso autêntico de provocar um impacto positivo. De acordo com o relatório “Global Marketing Trends 2021” da Deloitte, 79% dos respondentes demonstram preferência por companhias que se dedicam a beneficiar seus consumidores ou as comunidades ao redor.

O propósito de uma empresa reflete a sua missão essencial, transcendendo os ganhos financeiros. Ele se conecta com as aspirações de auto-realização dos fundadores e representa uma dimensão de sustentabilidade ao vincular objetivos empresariais a impactos sociais positivos. Este norte claro proporciona ao negócio uma autoridade genuína, permitindo-lhe assegurar um lugar de destaque no cenário de mercado. Para ser eficaz, esse propósito deve estar evidente em todos os aspectos da empresa - desde seus produtos e serviços até suas iniciativas de marketing - servindo como um reflexo de sua integridade e do alinhamento entre suas promessas e suas ações.

Na era atual, o marketing transcendeu as táticas de persuasão baseadas apenas em jogos mentais. Agora, trata-se de comunicar uma visão clara e convincente baseada em valores e princípios sólidos, em vez de recorrer à manipulação dos consumidores. Este enfoque não só fomenta uma conexão mais profunda e autêntica com o público, mas também reflete uma mudança fundamental na forma como as empresas se posicionam e interagem com seus stakeholders.

Economia circular

A crescente adoção da economia circular por empresas comprometidas com a sustentabilidade marca uma mudança significativa em relação ao tradicional modelo de consumo linear, que segue o processo de extração, produção, venda e descarte, contribuindo majoritariamente para a degradação ambiental.

Diante da finitude dos recursos naturais e do aumento dos custos associados à sua extração, processamento e disposição adequada dos resíduos, o mercado reconheceu a importância de reimaginar esses processos de forma que não apenas minimizem o impacto ambiental, mas também potencializem o retorno financeiro. Inspirado na célebre afirmação do químico Lavoisier de que "na natureza, nada se perde, tudo se transforma", este modelo visa a plena reutilização e reciclagem dos materiais.

A economia circular não apenas busca diminuir o desperdício de recursos e a quantidade de lixo gerada, mas também visa mudar o comportamento do consumidor, reduzir os custos de produção e prolongar a vida útil dos produtos. Este modelo é baseado em etapas que começam com a extração de matérias-primas e seguem com a produção, beneficiamento, distribuição e, finalmente, a recuperação dos resíduos. Estes, então, são reciclados e reintroduzidos no ciclo produtivo. Um exemplo prático são os bebedouros domésticos, onde o consumidor adquire a água e o recipiente e, na recarga seguinte, retorna apenas o vasilhame, pagando somente pela água. O recipiente é então enviado de volta ao produtor para ser limpo, remanufaturado e redistribuído, representando uma economia tanto para as empresas quanto para os consumidores.

Biocombustíveis na indústria

No decorrer da pandemia de coronavírus, o Brasil enfrentou aumentos significativos nos preços dos serviços essenciais, especialmente notáveis na área de energia. Isso inclui tanto os combustíveis derivados do petróleo quanto a energia elétrica, evidenciando os desafios enfrentados pelo setor energético.

A questão da matriz energética, apesar de ser um tema amplamente discutido internacionalmente, apresenta o desafio de como fazer a transição para fontes de energia mais sustentáveis de forma eficiente, sem impor custos excessivos aos consumidores ou às empresas. Nesse contexto, muitas indústrias, assim como pequenas e médias empresas, começaram a investir na geração de energia própria como uma solução viável.

Neste cenário, os biocombustíveis assumem um papel crucial, não apenas facilitando a autossuficiência energética das empresas, mas também contribuindo para a gestão de resíduos. Essa abordagem representa uma área promissora de pesquisa científica e inovação tecnológica, utilizando resíduos orgânicos para produzir biogás de maneira que os gases de efeito estufa sejam capturados e utilizados de forma controlada, em vez de serem liberados na atmosfera.

Rastreabilidade e certificação

Mesmo adquirindo artigos de produtores locais bem conhecidos, que por vezes podem se beneficiar de certa leniência regulatória, ainda assim, há incertezas quanto às suas práticas sustentáveis.

No Brasil, a certificação de produtos segue um processo rigoroso, essencialmente burocrático, mas necessário para garantir que as empresas realmente pratiquem o que declaram em termos de sustentabilidade. Um exemplo notável é o selo FSC (Forest Stewardship Council), concedido por uma organização não governamental para validar a origem sustentável da madeira utilizada nos produtos.

Esta certificação é crucial para fomentar a discussão sobre sustentabilidade, especialmente em face do desmatamento crescente em biomas vitais, como a Amazônia. A procura por produtos certificados está em ascensão, impulsionada pela demanda internacional por medidas efetivas de preservação ambiental e de sua biodiversidade.

Equipe reunida em uma mesa com o símbolo da reciclagem ao fundo.

Paperless ou o mundo sem papel

Historicamente, o papel desempenhou uma função crucial como a maneira dominante para o registro de eventos e a verificação da legitimidade de acordos por meio de contratos escritos. No âmbito corporativo, um volume substancial de documentos é essencial para validar procedimentos, assegurar a transparência das operações, e legitimar a oferta de serviços e produtos. Contudo, a gestão desses documentos em larga escala frequentemente se torna um obstáculo significativo para empresários aspirantes a expandir e consolidar sua presença no mercado. Tal volume documental não apenas impõe desafios aos empresários, mas também afeta negativamente empregados e clientes. Por exemplo, consideremos o caso de um empregado desligado que recebe um documento do INSS para fins de aposentadoria, sendo obrigado a preservar este documento físico por toda sua vida. No entanto, em uma era marcada por avanços tecnológicos acelerados, a predominância do papel está sendo desafiada.

O avanço da administração empresarial atualmente se inclina para uma diminuição progressiva na dependência de documentos físicos, favorecendo, em vez disso, o aproveitamento das tecnologias da informação. Atualmente, é possível emitir documentos com assinaturas digitais de qualquer parte do globo, e os gestores podem acessar dados corporativos remotamente, bastando para isso uma conexão à internet. A transição para práticas menos centradas no papel não apenas proporciona economias financeiras significativas para as empresas, mas também promove um aumento na eficiência e produtividade. Este movimento rumo à digitalização tem implicações positivas para o desenvolvimento sustentável, contribuindo para a redução na exploração de recursos naturais, especialmente em regiões produtoras de madeira destinada exclusivamente ao setor de papel. Embora o papel não esteja fadado ao desaparecimento total, observa-se uma tendência crescente em direção à digitalização, até mesmo de ativos tradicionalmente tangíveis, como o dinheiro, evidenciando uma mudança paradigmática na forma como interagimos com materiais físicos e digitais.

Produtos como serviço

Nos países desenvolvidos, a adoção de produtos como serviço já se consolidou como uma tendência duradoura, enquanto no Brasil, essa prática ainda se encontra em uma fase inicial, porém, expande-se rapidamente. A essência do mercado de produtos como serviço reside na oferta de bens duráveis sob demanda, adaptando-se às necessidades momentâneas do consumidor.

Tomemos, por exemplo, o uso de carros através de aplicativos. Na contemporaneidade, a necessidade de realizar uma chamada telefônica para solicitar um táxi foi suplantada pela simplicidade de solicitar um veículo com alguns toques no smartphone, indicando o destino desejado. Indo além, a opção de alugar um carro por um período prolongado, como um ano, apresenta-se como uma alternativa financeiramente mais viável em comparação à aquisição de um veículo novo. Este modelo de consumo é profundamente influenciado pelo conceito de economia compartilhada, permitindo que múltiplos usuários se beneficiem do acesso a um produto comum, reduzindo custos e incentivando práticas econômicas sustentáveis, refletindo os princípios da economia circular.

Neste modelo, o bem pode ser utilizado por um período específico antes de ser transferido a outro usuário, minimizando a burocracia envolvida nesse processo. Além disso, a não propriedade do bem pelo locatário facilita a atualização para produtos mais sustentáveis e avançados tecnologicamente, alinhados às exigências do mercado de carbono, conforme mencionado anteriormente neste artigo.

Até mesmo a administração pública tem adotado estratégias para reduzir privilégios, como a utilização de veículos oficiais por parlamentares, optando por substituí-los por esses serviços flexíveis e sob demanda, evidenciando uma mudança significativa na gestão de recursos e no consumo consciente.

Economia compartilhada

Se algo ficou claro durante os desafiadores anos de 2020 e 2021, foi a necessidade imperativa de as empresas adotarem estruturas mais descentralizadas. Certos setores, como restaurantes, bares e supermercados, enfrentam limitações para tal descentralização devido à natureza de suas operações. Por outro lado, esferas menos dependentes da presença física de pessoas, como escritórios de advocacia e agências de publicidade, têm uma urgência evidente de transição para o ambiente digital.

A centralização operacional de uma empresa, onde seus processos só podem ser conduzidos internamente e com rigidez, mostrou-se menos viável em tempos recentes. Em contraste, o trabalho remoto se estabeleceu fortemente no Brasil, catalisando a formação de espaços de ocupação compartilhados, ou coworkings, como soluções inovadoras para reduzir substancialmente os custos operacionais e aumentar a autonomia dos colaboradores.

Essa estrutura de trabalho não apenas contribui para a diminuição de despesas com espaços físicos, mas também estimula um intercâmbio enriquecedor de ideias entre profissionais de diferentes setores. Para aqueles cujo principal motor é a criatividade, o valor de interagir com indivíduos fora de seu círculo usual é inestimável. A economia compartilhada emerge, assim, como uma estratégia eficaz para otimizar recursos e minimizar custos não fundamentais, permitindo que as empresas concentrem seus esforços em suas missões centrais.

Do ponto de vista socioambiental, essa modalidade de economia reduz a necessidade de infraestrutura para transmissão de energia em longas distâncias, beneficiando-se da coexistência de várias empresas em um único edifício. Além disso, promove um uso mais eficiente do espaço urbano; o que antes era dominado por cinco empresas em diferentes locais, agora pode acomodar dez sob o mesmo teto, exemplificando uma gestão de recursos mais sustentável e integrada.

Monitoramento inteligente e análise preditiva

A fronte do monitoramento inteligente e da análise preditiva encontra-se notavelmente no setor do agronegócio, uma área frequentemente no centro de debates acerca do desenvolvimento sustentável. Este segmento é conhecido por ser um dos maiores consumidores de recursos hídricos e energéticos globalmente, refletindo uma questão que transcende fronteiras nacionais.

A inovação neste contexto surge através da capacidade de implementar um gerenciamento eficiente das culturas agrícolas, visando não apenas ampliar a produtividade de forma expressiva, mas também minimizar impactos ambientais negativos e emissões de carbono. O monitoramento inteligente aproveita os avanços em inteligência artificial para compreender profundamente a dinâmica da terra sob cultivo, otimizando práticas agrícolas para alcançar resultados sustentáveis.

Considerando o manejo agrícola, por exemplo, as necessidades de cada tipo de cultura em termos de nutrientes, exposição solar e precipitação são precisamente calculadas. Instrumentos avançados avaliam essas variáveis críticas, oferecendo insights valiosos para que os agricultores possam irrigar com precisão, utilizar insumos menos prejudiciais ao meio ambiente e maximizar a eficiência do uso do solo.

Além do agronegócio, a aplicação de análise preditiva estende-se por diversos mercados, funcionando como uma ferramenta versátil para a identificação de padrões, prevenção de fraudes e otimização de estratégias empresariais. Esta tecnologia, que permite antever desvios e otimizar operações, posiciona-se como um elemento crucial no arsenal corporativo, indicando caminhos para um futuro mais informado e adaptativo.

À medida que mais organizações começam a explorar e integrar estas tecnologias avançadas, prepara-se o terreno para uma transição suave rumo a um futuro inovador, alinhando-se com as demandas de uma economia emergente caracterizada pela eficiência e sustentabilidade.

Programas de cidades sustentáveis

Iniciativas governamentais estão sendo implementadas para motivar o setor privado a participar ativamente em projetos de sustentabilidade urbana. Uma das formas de participação inclui a adoção de espaços públicos, como praças, onde empresas assumem a responsabilidade pela manutenção dessas áreas em troca de incentivos específicos.

Entretanto, a contribuição das empresas vai além do envolvimento em programas governamentais. Há uma crescente onda de companhias que estão tomando a iniciativa de criar e promover seus próprios projetos para engajar a comunidade e advogar por um futuro mais sustentável e equitativo em diversas frentes. Isso inclui, por exemplo, empresas de saneamento básico que desenvolvem campanhas educativas sobre práticas responsáveis de descarte de resíduos e conservação da água.

Essas ações, além de contribuírem para a redução dos impactos ambientais e o aumento da conscientização pública, também podem resultar em benefícios econômicos para as empresas, como a diminuição dos custos operacionais. Assim, o compromisso com a sustentabilidade emerge não apenas como uma responsabilidade ética e social, mas também como uma estratégia viável para o crescimento empresarial sustentável.

Maquete com árvores e prédios.

Criação de ferramentas de engajamento

A era digital transformou radicalmente a maneira como as informações são compartilhadas e consumidas, tornando o conhecimento sobre diversos assuntos mais acessível do que nunca. No passado, certas receitas ou fórmulas eram guardadas sob rigoroso sigilo; hoje, no entanto, muitas empresas optam por compartilhar abertamente detalhes sobre seus produtos como uma estratégia para engajar consumidores.

Esta transparência serve tanto como um gesto de confiança quanto como uma maneira de fortalecer os vínculos com o público. As redes sociais, em particular, têm desempenhado um papel crucial em diminuir a distância entre produtores e consumidores, incentivando uma era de consumo mais consciente. O público moderno valoriza a clareza na comunicação e a consistência nos valores demonstrados pelas empresas. Quando essas expectativas são atendidas, os consumidores não apenas se fidelizam, mas também se tornam defensores e divulgadores da marca.

Tal endosso orgânico é considerado uma das formas mais eficazes de marketing. Contudo, essa abertura também implica uma maior exposição dos processos internos da empresa, pressionando as organizações a adotarem práticas que sejam éticas e sustentáveis, além de focadas nos resultados. A nova economia prioriza o 'como' sobre o 'o quê', entendendo que a maneira de alcançar um objetivo reflete a essência da cultura empresarial.

A fidelização do cliente, portanto, está profundamente enraizada na confiança. Empresas que demonstram competência, abertura para o feedback e um compromisso contínuo com a melhoria tendem a ganhar e manter a confiança dos consumidores. Assim, estabelecer uma relação de confiança não é apenas benéfico para a imagem e reputação da marca, mas também essencial para o crescimento e a sustentabilidade a longo prazo no mercado competitivo atual.

Embalagens para presentear

O marketing boca a boca permanece sendo a estratégia mais eficaz, pois uma recomendação genuína de uma pessoa respeitada vale mais do que qualquer campanha publicitária, por mais sofisticada que seja. Embalagens destinadas a presentes exemplificam bem essa noção, transcendendo sua função primária de proteger o conteúdo para se tornarem objetos de desejo em si.

Um bom exemplo disso são as cestas de Natal, que são criadas com tanta atenção aos detalhes que facilmente encontram utilidade além da temporada festiva, alinhando-se com a crescente consciência sobre a redução do consumo de plásticos. Embalagens de vidro, por sua durabilidade e capacidade de reciclagem, se alinham a este movimento, oferecendo soluções de longo prazo para consumidores e meio ambiente.

No front da inovação, a indústria e a pesquisa científica estão na vanguarda, explorando alternativas como os bioplásticos. Esses materiais, geralmente derivados de fontes vegetais, são não apenas compostáveis mas, em certos casos, comestíveis, marcando um avanço significativo rumo à sustentabilidade.

Empresas que apostam em embalagens sustentáveis e duráveis não apenas ecoam um compromisso com a sustentabilidade; elas se integram de forma mais permanente e positiva na vida dos consumidores, alinhando-se com seus valores e aspirações. A pandemia do coronavírus destacou a urgência dessa questão, revelando o impacto ambiental do aumento súbito no uso de embalagens plásticas e a necessidade premente de adaptação da indústria.

A conscientização formada pelo aumento da geração de resíduos durante a pandemia despertou na sociedade um clamor por soluções rápidas e eficientes para a redução do volume de lixo, evidenciando a demanda por práticas mais sustentáveis em todos os níveis.

Identificando tendências

A distintiva característica de um empresário bem-sucedido reside na sua perspicaz intuição para antever as direções futuras do mercado. O estudo de tendências globais e a análise de práticas exemplares que se destacaram internacionalmente são fundamentais para adaptar e inovar em diversos campos de atuação.

Essa habilidade implica em uma profunda compreensão das transformações no comportamento humano, influenciadas pelo contexto social em constante evolução. Em um momento histórico onde as discussões sobre mudanças climáticas e a responsabilidade ambiental se intensificam, a importância de adotar fontes de energia mais limpas e implementar uma gestão eficiente dos recursos torna-se indiscutível.

As companhias de maior reconhecimento são aquelas não necessariamente mais rápidas no crescimento, mas sim as mais ágeis em responder às exigências globais, mantendo-se na linha de frente das inovações. Empresas que antecipam necessidades do mercado antes mesmo de se tornarem demandas consolidadas estabelecem-se como líderes e referências em seus segmentos.

O impulso em direção ao desenvolvimento sustentável é uma corrente que, longe de enfraquecer, só ganha mais força à medida que avançamos. A adoção precoce dessa visão pelo mercado não apenas acelera os resultados positivos em termos de sustentabilidade, mas também contribui para a mitigação dos efeitos adversos das mudanças climáticas, que já se fazem sentir no presente.

A questão da sustentabilidade transcendeu o âmbito puramente ambiental, consolidando-se como um pilar crucial para a economia global.

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