Importância do open banking para as micro e pequenas empresas

Saiba como qualificar a sua análise financeira compartilhando o seu histórico com as instituições financeiras do seu interesse.

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Publicado em 03/05/2024 | Atualizado em 03/05/2024

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Homem negro conferindo um tablet

Quando se pensa no tradicional sistema bancário brasileiro, é fácil notar a concentração de poucas instituições financeiras. Mesmo com o surgimento de novos players na área, como as startups do setor financeiro e as fintechs, o cenário continuou engessado, mudando a passos lentos.

 

O setor bancário sempre encontrou dificuldades para evoluir e adotar uma metodologia mais horizontal, sendo necessária uma integração maior de dados, de forma que a competitividade e a democratização da área pudesse finalmente evoluir.

 

Nesse sentido, as novatas organizações, além de se apoiarem na inovação e no avanço tecnológico, possuem como foco a experiência do usuário. Essas novas empreitadas ajudaram a oxigenar a área bancária como um todo, além de conseguirem interagir com um público mais jovem ao simplificarem negócios e serviços.

 

As inovações trazidas por essas empresas têm sido benéficas para o ecossistema, movimentando o setor financeiro e possibilitando novos métodos de trabalho e atendimento ao consumidor. Diante desse novo contexto, grandes organizações financeiras e fintechs passaram a trabalhar para otimizar os seus sistemas e, consequentemente, buscam melhorar o panorama do setor financeiro.

 

Contudo, a evolução do setor só passou a ser elevada a partir da implementação de uma agenda de incentivo à competitividade no Sistema Financeiro Nacional, vindo do Banco Central do Brasil. Essa agenda teve início em 2016, visando acrescentar novas dimensões à área financeira, bem como fortalecer as já existentes. Ou seja, além de trabalhar para que o crédito seja reduzido no país, essa iniciativa busca modernizar a lei e trazer mais eficiência aos sistemas.

 

Para isso ocorrer, a agenda foi dividida em cinco partes:

 

Parte 1: Inclusão, de forma que o mercado seja mais acessível como um todo;

 

Parte 2: Competitividade, para adequar a precificação, levando em conta os players do mercado;

 

Parte 3: Transparência, focando no processo de formação de valor e informações do mercado;

 

Parte 4: Educação, para que a população passe a se conscientizar sobre hábitos financeiros;

 

Parte 5: Sustentabilidade, que visa estabelecer uma economia mais moderna, flexível e sustentável.

 

Um dos frutos dessa agenda é o Pix, que vem revolucionando o sistema financeiro do Brasil e já contava com mais de 478 milhões de chaves cadastradas até agosto de 2022. Agora, é o momento do Open Banking, que tem como proposta inovar o sistema financeiro e otimizar as ofertas de produtos para os consumidores.

 

O Banco Central define o Open Banking como o compartilhamento padronizado de dados, serviços e produtos através da integração e abertura dos sistemas. Portanto, com a implementação desse modelo, os consumidores poderão compartilhar os seus dados entre as diversas organizações financeiras autorizadas pelo Banco Central.

 

Porém, se engana quem pensa que a chegada do Open Banking impactará somente os grandes bancos e o setor financeiro. Micro, pequenas e médias empresas também poderão se beneficiar com a implementação desse sistema financeiro aberto.

 

Portanto, neste artigo, você saberá como as transformações promovidas a partir de uma estruturação de compartilhamento de informações impactarão o mercado, e como as empresas e os profissionais devem se posicionar para navegarem nesse mar de oportunidades.

 

Boa leitura!

homem e uma mulher olhando um tablet

O que é o Open Banking?

 

O Open Banking surgiu como um conceito inovador de sistema bancário, baseando-se no compartilhamento padronizado de serviços e dados entre as instituições financeiras, como carteiras digitais, bancos e fintechs, possibilitando que os clientes desses serviços financeiros tenham um maior poder de decisão.

 

Hoje o Open Banking já é uma realidade consolidada.

 

O termo Open Banking, traduzido para o português, significa “banco aberto”, representando a abertura desse sistema financeiro, além da integração entre diversas organizações.

 

Até então, o Brasil possuía um sistema bancário completamente concentrado, onde as instituições bancárias detinham o cadastro e os dados financeiros de seus clientes, além de monopolizarem diversos serviços.

 

Com a chegada do Open Banking, esse mercado está se abrindo para novas possibilidades e apps, pois haverá uma integração de todas as instituições em um mesmo sistema.

 

Sendo assim, os clientes conseguirão movimentar suas contas bancárias através de diversas plataformas, não se limitando apenas ao site ou aplicativo do banco.

 

Essas soluções serão realizadas de forma rápida, segura e conveniente. Além disso, o cliente retomará o controle de suas informações, podendo escolher com quais instituições ele compartilhará os seus dados para obter acesso aos diversos serviços.

 

Portanto, o objetivo do Open Banking é tornar o sistema financeiro um espaço mais democrático, trazendo soluções inovadoras e competitivas. Além disso, o Open Banking é uma das implementações no projeto de modernização e inovação do Banco Central, no qual será possível compreender melhor no capítulo a seguir.

A implementação do Open Banking no Brasil

 

No Brasil, o Open Banking está sendo implementado pelo Banco Central, responsável pela regulamentação e autorização das instituições financeiras incluídas. Ele também é responsável por cuidar do ecossistema financeiro de todo o Brasil.

 

Isso garantirá uma maior qualidade e confiabilidade nos processos, já que somente as instituições que estiverem regularizadas de acordo com o órgão poderão oferecer, vender e intermediar qualquer tipo de serviço financeiro.

 

Sendo assim, o cliente ficará mais tranquilo, já que ele sabe que todas as instituições que fazem parte das operações são confiáveis por serem previamente aprovadas.

 

O resultado final será maior segurança para os consumidores, onde eles poderão realizar as suas operações sem qualquer tipo de problema. 

 

Essa implantação, que teve início em fevereiro de 2021, está sendo realizada através de 4 etapas. Veja a seguir como acontecerá cada uma delas:

 

Etapa 1

 

Cadastro de Participantes: Nesta fase inicial, as instituições financeiras interessadas em participar do sistema de Open Banking realizaram seu cadastro junto ao Banco Central do Brasil (BCB). Esse processo envolveu a submissão de documentos e informações necessárias para garantir a conformidade regulatória e técnica.

 

Etapa 2

 

Fase de Testes e Homologação: Após o cadastro, as instituições passaram por uma fase de testes e homologação, na qual desenvolveram e implementaram as interfaces de programação de aplicativos (APIs) necessárias para compartilhar dados de clientes de forma segura e padronizada. Durante essa etapa, foram realizados testes técnicos para garantir o funcionamento adequado das APIs e a interoperabilidade entre as instituições participantes.

 

Etapa 3

 

Implementação por Fases: O processo de implementação do Open Banking foi realizado de forma gradual, com a adesão das instituições participantes em diferentes etapas. Cada fase foi marcada pela disponibilização de novos tipos de dados e serviços financeiros para compartilhamento, conforme definido pelo regulador.

 

Etapa 4

 

Monitoramento e Avaliação: Durante todo o processo de implementação, o Banco Central do Brasil monitorou de perto o andamento do Open Banking, avaliando o cumprimento dos requisitos técnicos e regulatórios pelas instituições participantes. Essa supervisão contínua foi crucial para garantir a segurança, a eficiência e a transparência do sistema.

Ao final das quatro etapas, o Open Banking no Brasil entrou em pleno funcionamento, proporcionando aos consumidores maior controle sobre seus dados financeiros e estimulando a competição e a inovação no setor bancário.

homem olhando um tablet

De que forma o Open Banking vai movimentar o sistema financeiro brasileiro?

 

 

Tomando o caso do Reino Unido como referência, em 2021 foram celebrados três anos desde a implementação do Open Banking, evidenciando de que maneira a fusão de dados e um mercado mais inclusivo podem promover vantagens para o ambiente financeiro.

 

Na época da implementação, o Reino Unido estabeleceu uma regra exigindo que nove dos mais importantes bancos do país possibilitassem o acesso direto às suas informações, através de APIs padronizados.

 

Naquele momento, foi a primeira vez que milhões de pessoas puderam ter a oportunidade de compartilhar as suas informações bancárias com outras instituições, como bancos digitais e fintechs, incentivando a oferta de soluções que se adaptassem às suas próprias necessidades, além de serviços e produtos mais personalizáveis.

 

Desde então, cada país que aderiu ao Open Banking buscou desenvolver a sua própria estrutura, de acordo com as individualidades dos mercados. Nesse sentido, há exemplos onde a iniciativa é comandada pelo governo do país, como é o caso do Brasil, e em outros casos, elas ocorrem pelo próprio mercado, como acontece nos Estado Unidos.

 

Mesmo assim, de forma geral, o Reino Unido é uma das referências mais importantes quando se trata de regulamentação, especialmente pela contribuição dos britânicos no que se refere à facilidade no uso, a inovação dos bancos, ampliação da concorrência e o aumento da inclusão financeira por parte da população.

 

Agora, com o Open Banking implementado no Brasil, além da possibilidade do compartilhamento de dados dos clientes entre diferentes instituições permitidas pelo Banco Central, será possível movimentar contas bancárias através de plataformas diversas, e não apenas pelo site ou app do banco.

 

A partir desse processo inovador, todas as instituições do segmento poderão acessar os dados dos consumidores, caso ele permita, e a partir daí, será possível oferecer melhores condições e produtos de acordo com o perfil do consumidor.

 

Ou seja, através da implementação do Open Banking, a competitividade aumentará progressivamente, onde o maior vencedor será o cliente, que poderá escolher os melhores produtos e serviços que combinem com o seu perfil.

 

E essa é só a ponta do iceberg, já que diversos outros fatores serão melhorados a partir de uma maior transparência dos dados.

 

Veja a seguir alguns dos serviços que serão impactados positivamente com a implementação do Open Banking:

 

Empréstimos;

Cartão de crédito;

Pagamentos;

Operações de câmbio;

Investimentos;

Previdência complementar;

Seguros;

Contas-salário.

 

 

Entre as principais variantes que levaram para o boom dos serviços bancários online, podemos destacar as iniciativas governamentais de suporte à população, que exigiam o acesso às contas digitais para o recebimento do incentivo.

 

Agora pense em um ambiente onde serviços de pagamentos instantâneos, como o Pix, estão sendo cada vez mais popularizados. Portanto, o Open Banking será um canal digital cada vez mais utilizado pelos consumidores, especialmente pela influência da digitalização dos serviços, que vêm crescendo nos últimos tempos.

 

Como funciona o Open Banking na prática?

 

Para compreender o funcionamento do Open Banking, imagine que todas as instituições estejam conectadas por um único ambiente.

 

Nele, é possível escolher os produtos e serviços desejados em poucos cliques, além do compartilhamento de informações acontecer a qualquer momento.

 

Essa conexão ocorre por meio de APIs, que significa Interfaces de Programação de Aplicações. Esses APIs funcionam como “pontes”, ligando sistemas diferentes e possibilitando a troca de informações nas redes.

 

Os APIs, às vezes, poderão se apresentar como plugins, que serão instalados quando o indivíduo estiver utilizando um aplicativo ou uma página da internet para obter acesso a uma série de serviços daquele local.

 

Sendo assim, os APIs são um conjunto de rotinas que possibilitam que essas funções sejam utilizadas pelos consumidores. No Open Banking, as APIs possibilitarão que as organizações financeiras compartilhem os dados entre elas em um sistema aberto.

 

As APIs já são conhecidas por serem recursos de tecnologia presentes no mercado dos serviços online. Sendo assim, eles serão requisitos para que a estrutura de um “banco online” funcione de forma assertiva.

 

Mas, e como o Open Banking funciona na prática? Ele é como um grande shopping online de serviços financeiros, onde o consumidor pode ter uma conta-corrente em banco X, um empréstimo em fintech Y e um investimento na corretora Z, tudo de forma integrada.

 

Por exemplo, é possível compartilhar informações pessoais (ou de uma empresa) e o histórico de crédito de um serviço bancário para adquirir juros mais baixos em outro; ou autorizar um aplicativo de gestão financeira de modo que ele acesse diretamente as informações da conta corrente de um negócio. As possibilidades são diversas.

 

Contudo, as instituições só podem acessar os seus dados após um processo de autorização, seguindo as diretrizes da LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados, além de outras legislações referentes ao assunto.

 

Portanto, é o consumidor que tem a decisão final sobre quais organizações podem utilizar as suas informações, de acordo com o propósito desejado.

homem e mulher conversando e visualizando informações em um tablet

Como o Open Banking pode beneficiar as micro e pequenas empresas?

 

Além de estimular um sistema financeiro mais democrático, transparente e eficaz no país, a implementação do Open Banking também tem o potencial de ser extremamente benéfico para os donos de pequenas e microempresas.

 

Nesse sentido, uma das promessas do Open Banking é reduzir a dificuldade da aquisição de empréstimos. Atualmente, quando um empreendedor vai atrás de crédito juntamente com um banco, é obrigatório o cumprimento de uma série de requisitos que dificultam esse processo.

 

Esse cenário deve mudar quando o empreendedor tiver como mostrar as informações de seu relacionamento bancário para qualquer sistema financeiro à sua escolha.

 

Além disso, a abertura do Open Banking aumentará a competitividade de um setor que está muito engessado e com poucas opções de escolha.

 

Ou seja, empresas e startups, como fintechs, subadquirentes, carteiras digitais, entre outros, podem competir de igual para igual com os grandes bancos, criando serviços e produtos inovadores e que seja cada vez mais adaptado para determinado tipo de negócio.

 

Para o empreendedor do ramo financeiro, por exemplo, as oportunidades crescem muito, mas a disputa pela atenção do consumidor também fica mais acirrada.

 

Já no caso dos pequenos empreendedores de outras áreas, a intenção é que a oferta de serviços financeiros aumente e que a competitividade faça com que as taxas fiquem mais justas, gerando preços mais consideráveis.

 

De forma geral, o Open Banking oferece um leque de opções para o empreendedor no momento de contratação de produtos e serviços financeiros, além de otimizar a estrutura financeira do negócio ao aprimorar a experiência de seus clientes com os pagamentos.

 

Outro fator interessante é que as soluções são completamente personalizáveis, já que é possível compartilhar as informações de um negócio instantaneamente.

 

Confira a seguir alguns dos serviços que surgem a partir da implementação do Open Banking:

 

 ►︎Comparadores de crédito que auxiliam na busca pelo empréstimo ou financiamento mais econômico para o seu negócio;

 

 ►︎ Marketplaces de crédito, com diversas opções personalizadas sendo ofertadas a depender do seu perfil;

 

 ►︎ Apps de gestão financeira que se relacionem diretamente à conta bancária do negócio e que realizem ações baseando-se no histórico de movimentações;

 

 ►︎ Sistemas de gestão financeira capazes de automatizar aspetos da rotina de seu negócio, como o pagamento das contas, conciliação de recebíveis, entre outros;

 

 ►︎ Soluções inovadoras de pagamentos digitais, possibilitando transações a partir das redes sociais ou de aplicativos de mensagens instantâneas;

 

 ►︎ Serviços personalizados de orientação e consultoria financeira;

 

 ►︎ Ferramentas próprias para analisar o portfólio do negócio e sugerir investimentos específicos para cada situação.

 

Em suma, as micro e pequenas empresas só encontram benefícios com a implementação do Open Banking. Afinal, há uma melhora considerável na aquisição de crédito, além da queda nas taxas dos serviços e o surgimento de novas opções de pagamentos digitais, trazendo maior comodidade para os consumidores.

Como o Open Banking traz mais tecnologia e inovação para o mercado?

 

Agora que o pontapé inicial foi dado, a tendência é que, com o fluxo de informações entre as organizações sendo mais transparente, ocorra uma melhora nas políticas de crédito, bem como ofertas de serviços que sejam mais adequadas para cada tipo de perfil, considerando os variados segmentos da sociedade.

 

Além disso, espera-se que as inovações do mercado facilitem a comparação dos serviços e produtos oferecidos pelas diversas organizações autorizadas pelo Banco Central. O Open Banking ainda ajudará a criar novos produtos e modelos de negócios, estimulando uma competição saudável e fomentando a democracia no setor financeiro.

 

Nesse sentido, o sistema aberto possibilitará um ambiente ainda mais propício para inovações, vindo dos diversos players que buscarão atrair e aproveitar os diferentes nichos existentes no mercado.

 

Isso ocorre, pois, além do trabalho na interface e nos serviços para atender os consumidores, as organizações se sentirão mais livres para otimizarem os seus processos internos, de modo que elas compreendam com assertividade todos os dados disponíveis.

 

A expectativa é que esse processo origine serviços e modelos de negócios inéditos ao longo dos anos, aumentando a competição e, nas melhores circunstâncias, diminuindo as taxas pagas pelos clientes.

 

Portanto, as mudanças geradas pelo Open Banking não apenas beneficiarão os consumidores, como também criarão oportunidades para todo o setor bancário, independentemente do tamanho da instituição.

 

É como se o processo ganhasse um caráter mais multifacetado, com cada entidade financeira sendo mais livre para se importarem com suas próprias ambições nesse novo ambiente.

homem sorrindo

Como evitar fraudes com o Open Banking?

 

Agora que você já sabe todos os benefícios do Open Banking e como essa implementação impacta o mercado financeiro, é preciso se atentar à sua segurança. Isso é essencial, pois os golpistas sempre estão em busca de brechas para violarem a lei.

 

Nesse sentido, o maior alvo desse tipo de esquema acaba sendo o próprio consumidor, já que brechas de segurança nas instituições são mais raros de acontecer. Há exemplos que vão desde indivíduos se passando por funcionários de alguma organização, até golpistas fingindo ser alguém importante da família para adquirirem uma transferência.

 

Por isso, o Banco Central estabeleceu uma série de normas de segurança obrigatórias para todas as instituições participantes do Open Banking. Cada organização deve garantir a proteção dos dados de seus consumidores, de acordo também com a LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados.

 

Ainda assim, há uma série de práticas que fortalecerão ainda mais a proteção dos dados de um indivíduo ou de uma empresa. Veja a seguir:

 

  ☑ Jamais compartilhe os seus dados por telefone ou e-mail

 

Nenhuma instituição financeira ligará pedindo para alguém compartilhar os seus dados. A partir da implementação do Open Banking, o indivíduo será o próprio dono de sua jornada financeira, onde o consentimento será realizado diretamente pelos aplicativos das instituições.

 

Dessa forma, caso a pessoa receba qualquer ligação ou mensagem solicitando o compartilhamento de dados, é preciso desconfiar imediatamente. Atente-se também para nunca revelar a senha e a numeração completa do cartão.

 

  ☑ Escolha bancos e instituições financeiras confiáveis

 

Se de alguma forma o indivíduo receber uma proposta atraente de qualquer produto ou serviço de uma instituição desconhecida, é essencial que seja realizada uma pesquisa antes.

 

Nesse sentido, somente instituições devidamente autorizadas pelo Banco Central poderão fazer parte do Open Banking. Ou seja, todas as atividades serão supervisionadas pelo Banco Central, que também levantará uma série de normas de segurança para garantir a privacidade e segurança dos consumidores.

 

Lembre-se que essa escolha é imprescindível para ter um bom relacionamento com essa instituição financeira.

 

  ☑ Atente-se ao período de duração do compartilhamento dos dados

 

Há um período de compartilhamento das suas informações entre as instituições, que pode durar até 12 meses. Após isso, o compartilhamento deve ser finalizado, onde você pode autorizá-lo novamente.

 

Sendo assim, desconfie caso receba mensagens pedindo por um prazo maior de autorização. Afinal, todo consentimento deve ser realizado por meio eletrônico e com prazos determinados.

 

  ☑ Cuidado com links que podem chegar por e-mail ou aplicativos

 

É importante reforçar que todas as soluções no Open Banking estarão disponíveis pelas instituições através de aplicativos ou pelo internet banking. Nesse sentido, busque saber se o link recebido por determinada mensagem é realmente confiável.

 

Além disso, evite fazer qualquer tipo de download desconhecido. Qualquer passo errado pode te levar à exposição de seus dados, seja no seu computador, tablet ou smartphone.

Conclusão

 

As novas regras da implementação do Open Banking chegaram para fomentar a competitividade saudável do setor e, principalmente, para oferecer produtos e serviços mais adequados de acordo com o perfil do consumidor.

 

Com isso, observamos uma transição do sistema tradicional do serviço bancário, com processos analógicos e engessados, para uma estrutura digital e que tenha como foco a experiência individual do usuário.

 

Tecnologias digitais, como o Pix e os exemplos vistos em outros países, como a adesão do Open Banking no Reino Unido, mostram que a sociedade está cada vez mais adepta à tecnologia.

 

Portanto, independente da proposta inovadora, as fintechs e as grandes instituições financeiras só terão sucesso com o Open Banking caso saibam direcionar os seus esforços na solução das dores de seus consumidores. É o momento da experiência do usuário ser o foco principal do sistema financeiro.