Como obter parceiros, investidores e acionistas para a sua startup?

Como se estrutura este modelo de negócio?

Avaliação
Sem votos

Publicado em 24/08/2021 | Atualizado em 24/08/2021

Imagem do Topo
Startup

No mercado brasileiro hoje o termo “startup” está cada vez mais presente. Estas empresas jovens, modernas e com grande potencial de crescimento têm apresentado bons resultados comerciais, oferecendo, na maioria das vezes, produtos e serviços inovadores. O crescimento das startups criou no Brasil um ambiente propício para o surgimento de novos negócios.

 

Mas o que diferencia as startups dos empreendimentos convencionais? O que elas fazem de diferente para obter sucesso e quais os principais riscos que correm nesse modelo de negócio? Como você pode abrir uma startup ou fazer parte deste universo empresarial que dá passos largos no mundo corporativo?

 

Essas são algumas das dúvidas que este conteúdo vai responder para você a partir de agora. Reunimos informações e estatísticas sobre o mercado brasileiro de startups, a fim de falar sobre as oportunidades, riscos, pontos fortes e pontos fracos deste cenário de negócio.

 

Vamos lá! ??

O que é uma startup?

Startups são empreendimentos cujo modelo de negócio é baseado em tecnologias digitais, que visam um crescimento rápido e intenso por meio de metodologias ágeis de trabalho, diretrizes corporativas disruptivas e a injeção de alto volume de investimentos externos, com a intenção de agregar valor à empresa no futuro, retribuindo o capital investido.

 

Em síntese é isto, mas cada uma destas principais características costuma ser trabalhada de maneira específica no modelo de negócio das startups.

 

Quando falamos de tecnologias digitais, isso significa que as startups baseiam as suas operações em algum tipo de plataforma tecnológica. A maioria das startups oferecem soluções inovadoras, entretanto, muitas destas empresas apenas buscam realizar atividades já disponíveis, porém de uma forma mais eficiente e menos onerosa.

 

É por isso que a maioria das startups atua nos seguintes ramos:

 

✔️Fintechs;

✔️SaaS (Software as a Service);

✔️Prestação de serviços por meio da internet;

✔️Venda de produtos e serviços a partir de e-commerce;

✔️Outsourcing e terceirização de serviços digitais e presenciais.

 

Startups e a tecnologia andam juntas. Porém, além disso, as startups se apresentam como empresas ambiciosas que buscam um rápido e intenso crescimento. Diferentemente de empreendimentos tradicionais, que podem começar tímidos e continuar assim por muito tempo, as startups costumam se apresentar ao mercado como soluções de alto potencial, assumindo mais riscos do que a maioria dos empreendimentos.

 

Isto se manifesta, inclusive, nas metodologias ágeis e modernas de trabalho. Enquanto empreendimentos tradicionais lidam com seus recursos humanos de uma maneira mais convencional e engessada, startups buscam criar vínculos de trabalho flexíveis e criativos, proporcionando um ambiente organizacional que incentiva a criatividade.

 

Por outro lado, as startups possuem altas metas de vendas, produção e finanças que devem ser batidas todos os meses. Por isso, é comum que estas empresas tenham uma rotatividade de funcionários maior do que empreendimentos mais conservadores. Isso representa um custo, mas as startups lidam com isso por meio de terceirização, contratação por tempo limitado ou investimentos em RH que preparam melhor os colaboradores.

 

Via de regra, startups nascem e se consolidam no mercado por meio de investimentos externos. “Investidores anjos” podem injetar milhões de reais em empresas deste tipo ao achar que o modelo de negócio por elas apresentado pode render bons frutos no futuro. Ou o investidor compra uma cota do capital social da empresa, ou ele realiza um investimento a fim de receber juros no fim de determinado período - o chamado Private Equity.

 

Este é um investimento de alto risco, pois startups podem levar anos para ser lucrativas e muitas delas falham nesta missão. Contudo, investidores que lidam com o mercado de startups já estão acostumados a realizar aplicações de alto risco. Sempre que uma delas é lucrativa, o rendimento acaba por compensar os investimentos que trazem prejuízo.

 

A partir da diversidade de investimentos na carteira e da lucratividade trazida por apostas certas, investidores de startups ampliam seu capital ao mesmo tempo em que permitem o crescimento de empresas inovadoras, incentivando a competitividade do mercado empresarial brasileiro.

 

Startups, como qualquer outro tipo de empresa, também podem contrair empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Este mercado tornou-se tão diverso no Brasil que hoje existem até mesmo linhas de crédito específicas para startups e empreendimentos cujos produtos e serviços são voltados a este tipo de negócio.  

Como se estrutura este modelo de negócio?

É muito comum que as startups, mesmo que ainda em porte muito pequeno, busquem se estruturar com uma cadeia organizacional baseada em uma empresa de capital aberto, um formato tipicamente americano de senioridade. A seguir, vamos conhecer um pouco melhor este modelo de estruturação corporativa de pessoal.

 

?C-Level

 

C-Level reúne toda a classe executiva da empresa. Ou seja, os profissionais de maior senioridade, que são os executivos que efetivamente comandam a startup. Geralmente, contamos com os seguintes profissionais neste nível.

 

⭐ CEO - Chief Executive Officer: presidente da empresa, normalmente também é um dos fundadores e possui parte do capital acionário da startup;

⭐COO - Chief Operations Officer: cargo que costuma pertencer ao vice-presidente do empreendimento. Atua muitas vezes como executivo de operações e costuma deter parte do capital acionário. É o “braço-direito” do CEO;

⭐ CFO - Chief Financial Officer: a partir daqui, são os chefes executivos dos setores da empresa. O CFO é o coordenador geral do financeiro;

⭐ CMO - Chief Marketing Officer: chefe executivo do setor de Marketing da empresa. Também costuma dirigir todas as equipes relacionadas à comunicação empresarial da startup;

⭐ CHRO - Chief Human Resources Officer: executivo responsável pelo setor de recursos humanos da startup. Reúne as equipes responsáveis por contratar, demitir, dar férias e desenvolver as capacidades de capital humano na empresa;

⭐ CSO - Chief Sales Officer: executivo incumbido de gerenciar todos os procedimentos de vendas da startup. Em algumas empresas, este cargo não existe, sendo incorporado ao CFO;

⭐ CTO - Chief Technology Officer: as startups são baseadas em tecnologia. Logo, os times de tecnologia, produto, suporte, UX (User Experience) e CS (Customer Success) costumam ficar sob o guarda-chuva do chefe executivo de Tecnologia. Em algumas startups, o time de desenvolvimento de produto possui seu próprio executivo.

 

Depois dos executivos, cada time se estrutura de acordo com o modelo de negócio e as prioridades da startup, mas todo time costuma ter um ou mais coordenadores, que respondem diretamente ao chefe-executivo. Além disso, as equipes contam com analistas em três graus de senioridade: sênior, pleno e júnior, que atendem ao coordenador. Por fim, vêm os estagiários (quando houver).

 

Importante ressaltar que, como afirmamos anteriormente, as startups possuem um modelo corporativo mais disruptivo. Isto significa que, apesar de possuir uma estrutura hierárquica bem clara, profissionais com diferentes graus de autoridade interagem de forma mais igualitária.

 

Isso costuma ser uma vantagem estratégica para estas empresas, uma vez que é muito comum que mesmo funcionários de baixa senioridade consigam contribuir de maneira considerável para o crescimento da empresa com boas ideias e uma interação direta com executivos e até mesmo com os diretores gerais da empresa. Isto também serve de incentivo aos colaboradores.

 

Tendo o desenvolvimento profissional em mente, cientes da exigência das metas ambiciosas, as Startups também costumam oferecer planos de carreira claros a seus colaboradores. Naturalmente, estes planos também impõem altos objetivos que os funcionários precisam cumprir para escalar na cadeia organizacional.

 

Além disso, as startups costumam criar, junto a seus colaboradores, uma ideia que elas chamam de “Sentimento de dono”, ou seja, como se cada funcionário fosse um pouquinho dono da empresa. Isto ajuda no engajamento do funcionário com a marca, além de fazer com que ele atue de maneira mais responsável em seu trabalho.

 

Altamente meritocráticas, as startups costumam ter planos de comissão ousados, premiação e bonificação para os melhores colaboradores, a fim de criar junto a eles um sentimento de competitividade saudável e maior dedicação ao trabalho. Ao mesmo tempo, estas empresas costumam ser mais flexíveis quanto a horários, permitindo até mesmo que o funcionário atue em home office.

Quais os procedimentos para formalizar uma startup?

O processo de formalização de uma startup é exatamente o mesmo para qualquer empresa que queira começar as suas operações. Infelizmente, no Brasil, o processo de abertura de empresas pode ser demorado e oneroso. Contudo, com organização e planejamento, a startup pode começar a operar com mais agilidade.

 

Vamos dar um passo a passo simplificado sobre este processo para facilitar a sua compreensão. Eventuais especificidades da sua startup devem ser discutidas com a sua equipe ou com os consultores do Sebrae, que estão sempre prontos para ajudar a sua empresa.

 

?Contratação de um contador: a sua empresa pode precisar de serviços em contabilidade para começar a operar e continuar funcionando normalmente de acordo com o que exige a lei, prestando as informações necessárias à receita. Neste primeiro momento, o contador irá ajudar com os trâmites burocráticos de registro do novo empreendimento.

 

?Elaboração do contrato social: para abrir uma startup, um passo fundamental é a elaboração do contrato social feito de maneira adequada. Como startups costumam receber investimentos externos e/ou negociar parte do capital acionário com alguma frequência, é fundamental que o contrato social preveja estas operações legalmente. O contrato precisa ser assinado por um advogado.

 

?Registro na Junta Comercial: este é um passo fundamental e indispensável para que sua empresa possa seguir com as outras etapas do processo de formalização. Ao registrar a startup na junta comercial, a empresa poderá obter um CNPJ e os demais documentos necessários para operar corretamente.

 

?Inscrição Estadual: por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz) do seu estado, será possível realizar a inscrição estadual da startup. Os procedimentos variam de acordo com cada estado, mas pela internet é possível realizar as solicitações e emitir ao mesmo tempo o CNPJ e a inscrição estadual. O CNPJ é o registro oficial da sua empresa enquanto pessoa jurídica.

 

?Alvará de funcionamento: Alvará de Funcionamento é um documento necessário para que as empresas estejam de acordo com a legislação municipal. Ele é fundamental para startups prestadoras de serviços, uma vez que a nota fiscal eletrônica com ISS (Imposto sobre Serviços) é emitida por meio da fazenda municipal.

 

Após a solicitação do alvará, o local de funcionamento da empresa provavelmente será vistoriado por um fiscal do município para verificar as instalações físicas. Com este documento em mãos, a empresa já está quase pronta para funcionar.

 

?Inscrição nos órgãos reguladores: o único passo que falta para que a startup possa começar efetivamente com seus trabalhos é se inscrever e se adequar às exigências dos órgãos reguladores municipais e estaduais. A inscrição aos órgãos reguladores depende do modelo de negócio da startup. Algumas precisam estar adequadas à Vigilância Sanitária, outras às agências de meio ambiente, e assim por diante.

 

????Dica: enquanto a startup ainda puder ser enquadrada enquanto uma empresa de pequeno porte, ela poderá utilizar a tributação no modelo do Simples Nacional. Isso pode facilitar a coleta e o pagamento dos impostos da startup, reduzindo os custos fiscais da empresa.

 

????Mais uma dica: com pretensões de alto crescimento e investimentos externos, startups podem sofrer mudanças frequentes em seu capital social. Informe-se com o seu advogado e com o seu contador sobre as melhores formas de formalizar a empresa e sobre como os prováveis investimentos futuros irão interferir nos aspectos documentais e burocráticos da startup. Isso pode poupar tempo e dinheiro no futuro.

Como obter parceiros, investidores e acionistas?

Para ter sucesso, é fundamental que uma startup e sua equipe de executivos tenham bons relacionamentos com o mercado. Parceiros, investidores e acionistas serão fundamentais para que a empresa possa sobreviver e tenha os recursos necessários à sua operação até que ela ganhe dinheiro suficiente para sustentar suas atividades “com as próprias pernas”.

 

Muitas startups fazem parcerias de grande sucesso com outras empresas. Com essas parcerias, elas vendem produtos e serviços em conjunto, realizam serviços acessórios uma para a outra ou fazem campanhas de divulgação que trazem benefícios para ambas. Porém, a assinatura destas parcerias depende diretamente da capacidade de crescimento da startup e da habilidade em negociação de seus executivos.

 

Por isso, quem empreende em startups precisa a todo o tempo estar atento ao que o mercado está fazendo, aos movimentos das outras corporações e às tendências do público. É recomendável participar de eventos e expandir o network de contatos sempre que possível, de forma a abrir o leque de possíveis parceiros para a startup.

 

Atrair investidores e acionistas é um desafio semelhante, mas com algumas diferenças básicas. Enquanto um parceiro pode estar interessado em determinado aspecto da sua startup, os investidores e acionistas estão apenas interessados no lucro que a sua empresa pode fornecê-los. E lembre-se: ao investir dinheiro em você, eles estão correndo alto risco de levar prejuízo se os negócios da startup não derem certo.

 

Por isso, mais uma vez, busque network e relacionamento com grandes investidores do mercado. Com as operações de Private Equity, os investimentos de sua empresa podem estar nos bancos ou nos fundos de investimento. Conheça os investidores e apresente a eles as informações mais completas, atualizadas e precisas que você tiver disponível.

 

Leve o possível investidor para conhecer as instalações físicas da empresa, apresente a equipe e faça reuniões com o seu time de executivos. É importante mostrar para o investidor como a startup pode agregar valor a seus clientes, bem como de que maneira ela pode gerar lucros significativos para o acionista, caso ele injete dinheiro na startup.

 

Fale a verdade, abra o jogo e esteja preparado para críticas e objeções por parte do seu possível investidor. Outra ação que também é muito importante para empresas que desejam receber investimentos externos é realizar todas as ações possíveis de compliance.

 

Compliance envolve diversos procedimentos para assegurar que a empresa realize todas as boas práticas administrativas, financeiras, fiscais e ambientais, mantendo como uma empresa socialmente responsável e que trata os seus investidores com transparência, coletando e trazendo estatísticas verdadeiras sobre suas operações.

Quais os principais formatos das Startups?

Graças às especificidades deste tipo de negócio, a grande maioria das startups se encaixam aos seguintes formatos:

 

Fintechs: startups que conectam tecnologia e serviços financeiros. Muitas startups deste segmento têm obtido imenso sucesso financeiro oferecendo serviços como cartões de crédito sem anuidade, cashback, conta bancária digital, contas de investimentos, empréstimos e financiamentos online, entre outros.

 

SaaS (Software as a Service): estas empresas oferecem a seus clientes a assinatura de softwares para diversas finalidades. Diferentemente dos modelos antigos, nos quais o cliente comprava uma licença indefinida para usar um software, hoje ele assina o software como um serviço regular. Os SaaS mais comuns são: gestores empresariais e financeiros; apps de emissão de documentos fiscais e Ponto de Vendas (PDV); Gerenciador de Relacionamento com Clientes (CRM); softwares para gestão de campanhas de marketing e redes sociais, entre outros.

 

Prestação de serviços por meio da internet: com o pleno desenvolvimento da internet, muitos novos serviços também puderam começar a ser prestados pela internet. As startups oferecem muitos destes serviços com custos reduzidos, tais como: serviços contábeis; serviços imobiliários; telemedicina; serviços educacionais e outros.

 

Venda de produtos e serviços a partir de e-commerce: muitas startups se especializaram na venda de produtos e serviços pela internet. O e-commerce, em si, não caracteriza uma empresa como startup. Entretanto, muitas startups implementaram modelos inovadores de negócio tornando a venda online de produtos e serviços mais lucrativa e menos onerosa para os clientes.

 

Outsourcing e terceirização de serviços digitais e presenciais: algumas startups moldaram o seu modelo de negócio à necessidade de empresas em terceirizar alguns de seus serviços. Isso inclui, por exemplo, a terceirização de centros de telemarketing, terceirização de segurança digital, terceirização de RH e até mesmo de controle de acesso.

 

Estas categorias não compreendem todas as startups do mercado, mas a maioria das empresas desta natureza que tem tido sucesso financeiro atendem a alguma destas demandas. Você pode tomar este dado como base para abrir uma startup com outro nicho, ou que atenda as demandas já existentes de uma forma ainda mais eficiente.

Riscos e oportunidades deste tipo de negócio

Como todo empreendimento, as startups oferecem riscos e oportunidades tanto para quem empreende quanto para quem investe. Vamos entendê-los de maneira mais específica:

 

✔️✔️Oportunidades e riscos para o empreendedor:

 

Oportunidade: startups podem ser empreendimentos extremamente lucrativos. No Brasil, algumas startups já estão tomando proporções gigantescas, fazendo frente a empresas com muito mais tradição e história. Isto significa que você pode ficar rico. Entretanto, startups costumam levar tempo para dar lucro.

 

Com um modelo de negócio baseado em tecnologia e conhecimentos técnicos apurados, as startups apresentam alto custo inicial de implementação e contratação de pessoal, por isso a grande necessidade de investimentos externos.

 

Risco: ao abrir margem para investimentos externos, os investidores passam a ter controle parcial sobre as ações da startup. Ainda que o contrato realizado com o investidor não dê a ele a prerrogativa de “controlar” o negócio, sabemos que eles podem ter influência direta sobre a direção da empresa em razão de sua força econômica. Tenha isso em mente ao abrir o seu negócio.

 

✔️✔️Oportunidades e riscos para o investidor

 

Oportunidades: assim como o empreendedor de startup pode ficar rico, o investidor também pode. Startups que fazem sucesso podem multiplicar o seu valor de mercado dezenas ou até centenas de vezes. Se o seu dinheiro for investido em uma empresa como esta, o seu patrimônio vai crescer consideravelmente.

 

Riscos: investir em uma startup é injetar dinheiro com risco assumido. Se a empresa não tiver o sucesso esperado, o investidor pode ter um severo prejuízo, uma vez que não é possível investir o pouco capital em empresas como esta. Por isso, convém diversificar a carteira de ativos e estudar muito antes de colocar capital em uma startup.

 

Além disso, startups passam pelas ameaças que toda empresa brasileira enfrenta: alta carga tributária, regulação que pode atrapalhar negócios, insegurança jurídica, economia instável, entre outras.

Startups que se tornam “unicórnios"

Quem acompanha a mídia que cobre mercados e finanças no Brasil certamente já ouviu falar sobre o termo “unicórnio”. Este foi um termo criado para designar as startups brasileiras cujo valor de negócio já ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão. É interessante perceber que o número de empresas unicórnio no país é crescente.

 

Se pararmos para analisar, esta é uma informação que pode trazer grande otimismo para quem deseja investir no setor. Afinal, startups são empresas jovens e 1 bilhão de reais é muito dinheiro.

 

Veja a seguir uma lista das startups unicórnio brasileiras:

 

? Nubank

? 99

? iFood

? Arco Educação

? Loggi

? Gympass

? QuintoAndar

? Stone

? Loft

? Ebanx

? VTex

? Wildlife

? MadeiraMadeira

? C6 Bank

? Enjoei.com

? Méliuz

 

Ainda existe uma extensa lista das startups que podem se tornar unicórnios ainda no ano de 2021, mesmo com a pandemia. Mas o que será que estes empreendimentos fizeram de certo para conseguir crescer tanto mesmo com as condições adversas que o país apresenta?

 

Em geral, estas empresas usaram a tecnologia a seu favor. Elas desenvolveram serviços e soluções que tornaram a vida das pessoas mais fácil, prática e barata. Veja que algumas destas empresas não oferecem nada de muito inovador, porém a forma como o serviço é prestado torna a startup uma opção muito bem vista pelo mercado consumidor.

 

Você também deve ter percebido que nem todas estas startups unicórnios são conhecidas pelo grande público. Isso, de fato, não é um requisito. Muitas startups fazem grande sucesso financeiro e operacional atendendo a um mercado B2B - Business to Business, ou seja, tendo outras empresas como clientes.

Startups e a bolsa de valores

À medida que as startups crescem em volume de mercado, vendas e faturamento, muitas acabam tomando a decisão de abrir seu capital e negociar as ações na bolsa de valores. Por um lado, a abertura das ações na bolsa pode ser um grande chamariz de investimentos externos: um IPO (processo de abertura das ações) pode render mais de R$ 1 bi em um único dia.

 

Entretanto, nem toda startup consegue ter o sucesso desejado ao colocar suas ações para negociação na B3, a bolsa de valores brasileira. É preciso que esta empresa tenha conseguido uma boa avaliação por parte dos analistas financeiros do mercado, bem como de investidores dispostos a negociar estas cotas.

 

Além do mais, uma vez que a startup entra para o rol de empresas negociadas na bolsa de valores, ela precisa atender a mais uma série de requisitos que uma companhia de capital fechado não é obrigada a cumprir. Por exemplo: a emissão trimestral de relatórios públicos de desempenho e a comunicação imediata com investidores no caso de fatos relevantes.

 

Ademais, ao abrir ações para o capital aberto, as startups passam a sofrer dependência direta de seus acionistas. Uma forma de proteger a autonomia da direção da empresa é manter a maior parte das ações (50% + 1) nas mãos de um grupo majoritário, destinando 49,99% das ações remanescentes ao mercado aberto.

 

A bolsa de valores pode ser um grande impulsionador para as startups. Enquanto a sua abertura gera um grande aporte de capital, a sua constante negociação pode tornar o negócio mais conhecido e desejado, ampliando o valor de mercado da empresa por meio da especulação financeira.

 

Contudo, do momento em que abre suas portas até a hora de fazer um IPO na bolsa, as startups passam por diversas etapas de provação. Por isso, um passo de cada vez.

Você pode abrir uma startup?

Você pode, tudo mundo pode. Entretanto, empreender exige planejamento. Especialmente se a empresa tem a pretensão de crescer a passos largos, utilizar tecnologia em seus processos operacionais e praticar diretrizes disruptivas em sua atuação e em sua administração.

 

 

Por isso, o planejamento estratégico é fundamental. Esteja sempre em contato com os seus sócios e desde o começo se organize para que o empreendimento em gestação seja atrativo para investidores e de fato ofereça uma solução que agrega valor à experiência do cliente. Uma vez que este planejamento esteja desenhado, é hora de correr atrás do dinheiro.

 

No começo dos anos 2000 começaram a surgir startups pelo Brasil e quase todas elas estavam concentradas nos grandes centros urbanos do país, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Entretanto, hoje as startups nascem também no interior e fora do Sudeste do país.

 

Startups de todo o país estão gerando emprego e renda para a nossa economia, além de trazer soluções cada vez mais eficientes e inovadoras para o dia a dia das pessoas e das empresas. Com sua visão empresarial disruptiva, estes empreendimentos lucram grandes quantidades de dinheiro contando com o apoio de investidores externos.

 

Mesmo com os obstáculos e os riscos, as startups brasileiras mostram grande potencial de expansão e de lucratividade, a exemplo das empresas unicórnios, que são crescentes e colocam em xeque a dominância de antigas organizações tradicionais.

 

Você pode fazer parte desta realidade, mas para empreender com consciência e ter mais chances de sucesso, você precisa dos parceiros certos e de uma visão estratégica. Para tudo isso, o Sebrae pode ajudar você. Conheça todos os programas de incentivo, consultoria e facilitação de acesso ao crédito que podem fazer a sua startup finalmente ganhar forma.

 

Além de nossos programas de incentivo às pequenas empresas, você também encontra aqui conteúdo aprofundado e de qualidade para solucionar dúvidas e ajudar o empreendedor em sua missão de fazer bons negócios. São artigos e e-books sobre diversos assuntos que podem influenciar diretamente nos sucessos da sua empresa, desde a administração até a gestão de marketing.

 

Esperamos que você tenha aproveitado nosso artigo e desde já convidamos para uma próxima leitura. Conheça também os conteúdos disponíveis em nossas redes sociais. Até a próxima!

Startup
Capital Empreendedor: uma alternativa viável para startups.
O capital empreendedor é uma modalidade na qual o investidor aporta recursos no negócio em troca de uma participação societária na empresa,.
Startup
Startup: crescendo sem financiamento ou empréstimo!
É possível contar com a ajuda de alguns programas e estratégias que possibilitam desenvolver as atividades de sua startup.
DOWNLOAD